1 de dezembro de 2009

Saudosismo

O mundo hodierno está deveras  conturbado,  isso não  é novidade para ninguém. Muita gente já vive momentos de saudosismo, relembrando tempos de quarenta ou cinqüenta anos atrás que era uma maravilha. Após o jantar podia sentar-se à calçada e bater papo com os vizinhos até o sono reclamar o recolhimento. Muitos deleites mais povoam nossa mente quando comparamos essa época com os dias atuais.

     Bem, é verdade que há um mar de lama que nos apavora por demais hoje, desde a cruel violência até a maléfica corrupção, mas não podemos nos esquecer que com o progresso, com o desenvolvimento, também vieram soluções para inúmeros problemas sociais. Os avanços da medicina hoje salvam vidas e dão bem estar as pessoas de uma maneira bem mais  rápida e eficiente. Embora seja  verdade que a mesma tecnologia usada para o bem, em mãos maldosas tem a mesma eficácia.  Mas à primeira vista o que nos parece é que a comunicação se tornou mais livre, eficiente e rápida. Com isso tomamos conhecimentos dos fatos em tempo real, não é preciso por exemplo, aguardar o Repórter Esso à noite, para sabermos de um assalto a um Banco em São Paulo ocorrido de manhã. Naqueles tempos também existiam as mazelas de hoje, apenas não tínhamos conhecimento. E se, em menor número, é porque a população também era menor. É curioso notar como em nossas cidades, mesmo as planejadas, o seu espaço útil tem se tornado insuficiente. Quem diria, por exemplo, há algum tempo atrás, que em nossa cidade iria ter um trânsito difícil, com problemas de estacionamento, etc. A verdade é que, com o aumento populacional, aumentam-se as necessidades, a prestação de serviços, o esclarecimento e as exigências. Com isso emerge-se um número cada vez maior de questões a serem resolvidas – problemas.  Mas a ignorância sobre um problema não significa sua inexistência. Por outro lado, essa constatação não deve ser consolo nem placebo para os males que castigam tanto nossa sociedade. Entendo assim, que nos resta extrairmos, do nosso saudosismo, as lembranças saudáveis e exeqüíveis para nossos dias e colocá-las em prática para o bem de todos. As boas maneiras, por exemplo, não custam nada e fazem tanto bem. A palavra empenhada, a honradez, a honestidade. Essa última então, de tanto desuso tem sido alvo de cumprimentos efusivos, quando praticada. Basta alguém ter encontrado carteiras ou objetos de valor perdidos e procurado devolvê-los aos respectivos donos, para ser ovacionado e aplaudido como se isso não fosse só sua obrigação. Como se isso fosse um feito heróico e não o natural. A exceção e não a regra. São as chamadas  mudanças de valores.

     Volto a bater numa tecla que tem sido meu refrão – atenção ao processo educacional. Pois sabemos que é ali, na tenra idade,  que as sementes  dos valores  são plantadas. Daí a preocupação com nossas escolas. O homem deve ter com a escola uma relação quase mística. Vê-la quase como um santuário. Um verdadeiro templo. Pois ali está a fonte de toda sua estrutura. A escola é o cadinho mágico que funde e dá forma a todo o potencial hereditário em cada indivíduo. É ela o triunfo do homem e é por ela que o homem triunfa. Hoje a família tem transferido o berço para a escola, em função das mudanças sociais que obrigam mães a buscarem o complemento do orçamento doméstico fora de casa. É uma exigência do mundo moderno, um problema, e não podemos ignorá-lo. Cabe-nos usar da tecnologia a nossa disposição, para tratá-lo. 
           Valores podem mudar, mas desconheço uma única pessoa que não goste de ser bem tratada, de receber um sorriso, um bom dia, uma bênção.

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

16 de novembro de 2009

Valoração Humana

Quando refletimos sobre a pessoa humana, uma busca inquietante que percebemos é a procura pela felicidade. Por quê? Qual é a razão que leva o ser humano a buscar com tanta sofreguidão esse bem? E o que é na realidade essa tal felicidade? Tratados, livros, poemas, discussões infindas já se ocuparam desse tema e ainda há tanta desgraça no mundo. Por quê?
Bem, primeiramente entendemos que somos criaturas e como tais temos um criador, que também segundo nossa fé é Deus, eterno, onisciente e onipotente. Aceitamos também que Deus nos criou para sermos felizes. Esse foi e é o único objetivo do Criador. Assim sendo é tendência natural que a criatura busque seu criador. Estar em sua presença é para ela o máximo bem, a felicidade, o céu. Não é isso  que observamos, por exemplo, entre o recém-nascido, a criança e sua mãe? Mas como chegar a tanto? Aí está  a questão da valoração. Uma série de fatores, com preponderância para o meio ambiente, leva a pessoa a estabelecer uma escala de valores em sua vida, sempre perseguindo a felicidade.
Vejamos, podemos imaginar como exemplo, o seguinte esquema da valoração humana: numa visão ampla da vida, o que eu chamaria de “macrovisão” e obedecendo uma ordem socioestrutural, colocaríamos em primeiro lugar a saúde. É necessário que o indivíduo nasça bem, cresça saudável, perfeito. É claro, não é nossa intenção discutir as condições desse nascimento. Estamos trabalhando com tese. Em segundo lugar viria o trabalho. Toda pessoa precisa se sentir útil, produtiva, criadora, engajada no cosmos e na história.  Por último a família, pois para constituir uma família a pessoa primeiro precisa ter como mantê-la. Além disso o homem é um ser essencialmente político. Ele precisa do seu semelhante para se relacionar, para se situar. Pois bem, nessa escala encontramos um ser humano livre, que é uma condição para a felicidade. E essa liberdade se manifesta em três dimensões: exteriorização – que seria a relação com o exterior, do agir aqui e agora; interiorização – que seria o relacionamento consigo mesmo, é entrar no âmago de sua personalidade, onde a revelação se dá apenas de si para si mesmo e a transcendência – que seria a busca de um ser supremo. É quando o homem se dá conta de sua finitude e carece de uma ajuda superior.
Nosso raciocínio, porém, não pára aqui. Ainda seguindo o mesmo esquema, numa visão menor, uma “microvisão” e agora obedecendo uma ordem psicoemocional, a nossa ordem de valores seria, em primeiro lugar o relacionamento conjugal, que em sendo bom, propicia ao ser humano a  alegria de viver. Em segundo lugar a saúde, pois a alegria de viver é uma condição para se ter boa saúde. E por último o trabalho, o qual para ser eficiente, necessita  uma infra-estrutura emocional proporcionada pela família e pela saúde, além de premiar o indivíduo com a   satisfação pessoal de ser provedor do bem.
Isso posto, entendemos que se estabelecermos uma inter-relação coerente e dinâmica dessas duas visões é possível chegarmos ao sucesso social, que, no mundo capitalista e numa aceitação profana, teríamos a felicidade. Porém, entendendo que o homem não é só matéria, é fácil perceber que isso não bastaria. Então, carecemos de preencher também nosso espírito e aí entra a religião. Só através desse religare, dessa volta ao seu criador, é possível a essa criatura, encontrar a satisfação plena – a felicidade.
Voltando então ao início do nosso raciocínio, tentando explicitar as perguntas propostas, poderíamos dizer que: o homem busca a felicidade porque é uma tendência natural da criatura, felicidade essa que não é outra coisa senão a satisfação psicoespiritual do ser e, é claro, se essa busca for apenas para satisfações temporais, não satisfaz ao espírito, daí a angústia, o desprazer, a infelicidade.
Evidentemente que nosso raciocínio não se atrela aqui, a situação políticossocial, que seria objeto de outra linha de pensamento.
Finalizando podemos concluir que o ideal é conseguirmos um equilíbrio em nossos valores. Dar à carne o que é da carne e ao espírito o que do espírito sem extremismos, até porque a felicidade não existe por si só. Ela está em alguém. E cabe a cada um, através da sabedoria, descobri-la.
Resolver ser feliz só depende de você!
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

4 de novembro de 2009

A decantada democracia

Desde os idos tempos da antiguidade clássica, que romanos e gregos já reverenciavam essa forma de governo que se propõe ser a mais justa e adequada à convivência humana. Porém sabemos que sua história é repleta de incoerências e interpretações eiradas de conveniências.
Etimologicamente esse conceito nos sugere que o povo é quem governa. (Demo + cracia) governo do povo. Sugere também que, com ela, a vontade coletiva ou da maioria está sendo respeitada através da representatividade. Mas hoje, e especificamente no Brasil, são tantas as máscaras que colocam nessa forma de governo, que acabam travestindo-a em faces encantadoras, então aplaudidas pelos menos avisados, mas que na verdade esconde uma realidade cruel sustentando o governo de uma minoria. Onde está a vontade da maioria, por exemplo, quando vemos milhares de pés de laranja serem destruídos pura e simplesmente pela decisão de um grupo que nem identidade social tem? Portanto, juridicamente, nem existe? Essa ação vai despertar realmente a atenção das autoridades para o problema agrário? Por exemplo, a questão da monocultura?  Todos sabemos que existem muitos erros em relação à reforma Agrária, mas algum deles justifica esse?  Onde está a vontade da maioria, quando o Congresso Nacional, composto por nossos representantes legítimos, decide coisas sabidamente polêmicas e que na verdade vem de encontro a vontade popular? Exemplo A PEC 336/2009. Agora mesmo, precisamos acompanhar para ver no que dá, o projeto de iniciativa popular, avalizado por 1,3 milhão de assinaturas e  batizado de “Ficha Limpa”, que impede a candidatura de pessoas com certas pendências judiciais. Muitos dos que vão votar esse projeto, são exatamente os “Fichas Sujas”. E aí? Quem está acostumado a legislar  sempre em causa própria vai agora atender o clamor da massa?
Essa é a nossa democracia. A forma de governo que escolhemos e da qual poderíamos dizer: ruim com ela, pior sem ela. Mas é possível melhorá-la e fazê-la realmente representativa. Justamente com iniciativas como o Projeto de Lei encabeçado pelo (MCCE) Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral formado por 42 entidades. É tomando consciência da nossa força, como cidadão-eleitor, que podemos contribuir para a mudança. Claro que essa conscientização não cai do céu. É preciso buscá-la através da instrução, da leitura, da escola, da igreja, enfim da freqüência a ambientes sadios e da companhia de pessoas dignas.
Fora isso, só nos resta mesmo a constatação de Eça de Queiroz: “Os políticos e as fraldas devem ser mudados constantemente e pela mesma razão”

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

23 de outubro de 2009

O Valor da Experiência

O VALOR DA EXPERIÊNCIA

O tempo não nos dá tempo. Marcha inexorável e ininterruptamente, cabendo a nós nos posicionarmos nele na medida que nos aprouver. Cabe-nos também a sabedoria de controlar os fatos sobre os quais temos poder. É verdade que sobre uma parte, talvez 10%, não temos controle. Acontecem à nossa revelia. Porém a grande maioria está sob nossa administração.
Aqui entra a experiência. É ela que, se bem aproveitada, nos capacita a controlar os acontecimentos em nossa vida, dispondo-os a nosso favor. E para o bom aproveitamento da experiência é necessário usar nosso tino, nosso espírito de observação, enfim, a sabedoria.  Por isso os jovens erram tanto. Pois agem por impulso, intempestivamente, o que é na verdade, próprio de sua idade. Muitas vezes vão na onda e pagam caro por sua insensatez. Inclusive, vale observar, por tudo isso até pagam mais caro pelos seguros de seus veículos.
Uma aliada forte da experiência, é sem dúvida a paciência. É ela que nos dá o tempo necessário para observar o que se passa conosco e nos abre os olhos para diferir experiência de informação. Isso é necessário, pois a informação sacrifica a experiência. Uma vez que a informação se passa no mundo e a experiência se passa em nós. A experiência é criativa e solidificante, ao passo que a informação é volátil e efêmera. Enquanto não conseguirmos trocar nossa informação por experiência não presenciaremos nenhuma mudança substancial em nossa sociedade e a nossa educação está carente disso. Na verdade somos uma sociedade informada. Com informações informatizadas que aniquilam o tempo para experiência. Como a sociedade tem pressa, então não tem paciência.
Assim sendo faz-se necessário não confundir experiência com informação, com trabalho ou com ócio. A Informação é estéril, o trabalho é repetitivo e o ócio é inerte; enquanto a experiência é criadora, dinâmica e fecunda. Pois conforme nos diz Heidegger, se bem o entendemos, a experiência é estimulante e transformadora. Então experienciar é nos abrir aos acontecimentos, esse fato implica em receptividade. Portanto não podemos nos impor mas nos expor. Como o homem moderno é vítima da informação, desde o tempo que vai fazer no dia seguinte até a pasta de dentes que deve usar, fica sem disponibilidade para a experiência.
Por outro lado cabe-nos pensar também o saber, fruto  da experiência, que é mais consistente, embora pessoal, individual e único. Mas que poderá se tornar coletivo e social além de benéfico e útil, desde que corretamente certificado pela ciência.
Hoje, felizmente podemos constatar que a sociedade, embora timidamente, tem se dado conta do valor da experiência. Algumas empresas, por confiarem na sabedoria  dos idosos, tem admitido aposentados em seus quadros. Nossa sociedade está começando a entender que ser idoso não quer dizer ser velho. Pois enquanto o idoso sonha com o futuro tendo olhos brilhando  iluminados pela esperança , o velho dorme acomodado nas  sombras do passado.
O sábio não se envelhece com o passar dos anos, mas se enriquece.

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

16 de outubro de 2009

O Poder

Se buscarmos no Houaiss, vamos encontrar, para essa palavra, entre outras, as seguintes definições: possuir força física ou moral, ter influência, valimento, ser capaz de, estar em condições de... Pois bem, e pensar que é em torno dessa pequena palavrinha que gira o mundo. Todos almejam o poder. Consciente ou não, todos buscam-no. Desde as crianças até os mais poderosos governantes das maiores nações.

Assim, é necessário refletirmos sobre suas variações. Entendo que podemos considerar, num aspecto bem geral, pelo menos, quatro modalidades de poder: o econômico, o político, o espiritual e o moral. Isso porque  quaisquer outros tipos que considerarmos, estarão relacionados com algumas dessas modalidades. O econômico, de maior influência, pois num mundo quase todo capitalista não poderia ser diferente, é o que nos acompanha do nascimento até a morte. É em nome, ou por causa desse poder que se mata tanto, que se rouba, que se avilta a pessoa humana em todos os sentidos e que se fere e deforma o Plano da Criação.

Derivado do poder econômico temos o poder político. Digo derivado porque, quem tem dinheiro consegue o poder político por meio da compra do voto e das enganosas campanhas milionárias. E daí, uma vez de posse desse poder, consegue aumentar ainda mais o seu poderio econômico, até porque precisa reaver os gastos de campanha. Ou somos ingênuos de pensar que se gastam fortunas numa campanha política apenas pelo orgulho de ascender-se a um cargo público ou mesmo por magnanimidade?

Quanto ao poder religioso, não difere muito dos anteriores. Desde os primórdios cristãos, a história nos dá conta dos abusos do poder religioso. Basta darmos uma olhada na instituição chamada Inquisição, onde vemos em muitas situações a Cruz se misturar com a Espada. E em nome de Deus pessoas sendo queimadas vivas. Ter poder, é ter mando. É ter influência.  E esse sentimento nunca andou de braços dados com a humildade. O poder corrompe, mascara, deforma a personalidade  e mostra uma postura orgulhosa travestida de humilde, de honesta e de legal. Contra esse perigo o detentor de qualquer poder deve ter sabedoria para não se contaminar e ter humildade para reconhecer a sua própria falibilidade. O poder religioso até poderia sustentar que Cristo é o caminho, mas que ninguém fosse pedágio.

Finalmente podemos considerar o poder moral. Esse sim é que deveria embasar todos os outros. O poder político teria muito mais sustentabilidade se se firmasse na solidez de posturas corretas, coerentes e éticas. Por que o nosso Congresso está na UTI ? Isso foi atestado até mesmo pelo seu Presidente, há algum tempo atrás,  (Cf. Veja, n.º 13 de 02/04/08-páginas amarelas). Poder econômico não lhe falta, nem mesmo o político, mas está apoiado em mentiras, em falcatruas, por isso desacreditado. Os noticiários estão cheios de detentores de poder político sendo algemados e enchendo os camburões da polícia federal. Alguém ainda se lembra da  Operação Pasárgada?   Tudo isso,  simplesmente porque não mesclam o seu poder político com a ética. Com uma conduta ilibada e patriótica.

Não podemos negar que o poder fascina. Muito já se escreveu sobre isso. Existem livros e livros abordando esse assunto. Os 5 passos para o poder pessoal, O poder do sub consciente, O poder da identidade, O poder global... só para citar alguns títulos.

Penso que seria muito bom, que faria muito bem para toda a sociedade se aprendêssemos a cultivar O PODER DO CORAÇÃO !

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

2 de outubro de 2009

O Pensamento Eficiente

Você já parou alguma vez para refletir sobre o pensamento? O que seria esse processo eletroquímico que impulsiona o mundo? Pois na verdade, tudo que ocorre no mundo, tem seu princípio nessa fração de segundo, quando um neurônio excitado formula e transmite uma informação. Daí surgem as idéias, que se agrupam, se ordenam e se multiplicam, provocando os fatos. E os fatos nos envolvem. Neles participamos ativa ou passivamente, dependendo do nosso grau de conscientização. Às vezes deixamos acontecer e nos contentamos só em reclamar. Não nos damos o trabalho de pensar. É comum ouvirmos a expressão: Ah! não quero nem pensar. Porque pensar dá trabalho. Principalmente se quisermos pensar logicamente. O grande racionalista Descartes, descobriu que existia, porque concluiu que pensava - cogito ergo sum. E nós no Brasil estamos carecendo muito de descobrir que existimos. Que estamos vivos e precisamos assumir as rédeas de nossa história.
Bem, mas pensar só não é suficiente. É preciso pensar com lógica e conjuntamente. É preciso encontrar uma alternativa de poder, sempre democrática, mas premiada pela ética, que privilegie a participação direta do cidadão, que o faça sentir realmente dono de seu destino, responsável pelas realizações governamentais.  Medidas tomadas nas caladas das noites, processos votados sob a égide de negociatas clandestinas, só aumentam a apatia política da sociedade. É preciso pensar, para o Brasil contemporâneo, um modelo que resgate a eficiência da democracia participativa. Que concretize a cidadania, sob pena de se avolumar cada vez mais, a desconfiança na suficiência desse modelo para a solidificação de uma democracia plena.
Portanto, é necessário o exercício do pensamento para conseguirmos extirpar o mito de que votando no “menos ruim” estamos cumprindo o nosso dever de cidadão. Essa teoria, na verdade, está tão somente retirando dos políticos todo o ônus das mazelas sofridas pela sociedade e jogando-o sobre os ombros do cidadão-eleitor que não sabe escolher seus representantes. Assim, o cidadão passa de vítima a culpado.
Isso posto, se refletirmos sobre nossa situação política, iremos saber que existem alternativas para o modelo democrático atual e que talvez possam ser melhores para o nosso caso. Podemos sim abdicar desse regime, sem no entanto ter que cair no outro extremo e ter que aturar regimes totalitários. Mas também sem ter que assistirmos a um regime de direitos de grupos, que em nome dessa democracia, privilegia determinados setores em detrimento de outros. Saberemos ainda que é natural essa situação se considerarmos a crise de legitimidade vivida pela democracia no final do século XX.
Cabe-nos portanto “esquentar a cabeça” , por os neurônios para funcionar e trocar as idéias surgidas. Com sinceridade e sem partidarismo. Com otimismo e sem vinganças políticas. Com diálogo, mas com firmeza de posições e conhecimento de causa.
Assim podemos lembrar daqueles dois viandantes que se cruzam em uma estrada, cada um com seu lanche e uma idéia na cabeça. Se trocarem o lanche cada um seguirá com apenas uma refeição, mas se trocarem as idéias, cada um seguirá seu caminho com duas idéias.

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

26 de setembro de 2009

Evolução

O homem foi criado para ser feliz. Esse foi o objetivo de Deus. O Criador, na sua infinita sabedoria, ao criar o homem dotou-o de livre arbítrio, para que suas ações fossem avaliadas. Assim, quando o nosso cão nos defende de um inimigo ele não tem que ser elogiado por esse fato, pois o motivo que o levou a isso foi o seu instinto. Porém, o homem que é racional, livre e emocional, esse sim, quando pratica uma boa ação é digno de nota e quando pratica o mal merece ser castigado. Pois ele pode ter a liberdade de escolha e o faz embasado em sua formação moral, religiosa e psicoemocional adquirida com o passar dos anos. Mas o homem pode evoluir. É uma condição intrínseca ao seu ser. Sabemos também que ele é um animal político por excelência. Portanto carece do convívio de seus semelhantes.
Se observarmos as pedras soltas do leito dos rios veremos que  são roliças, isso porque com o passar dos tempos a correnteza se incumbe de atirar uma contra as outras o que vai aparando suas arestas. Com isso o atrito vai diminuindo gradativamente até parecerem simples esferas engraxadas. Assim também o homem precisa de seus semelhantes para que nos esbarrões, encontros e embates tenham suas arestas aparadas.
Assim, cabe-nos usar  nossa inteligência e razão para aproveitarmos o atrito com um irmão para dar mais um passo na nossa evolução espiritual.
Às vezes fico imaginando como seria bom se nossa sociedade fosse como uma colméia  onde na convivência permanente, no vai e vem do dia a dia fôssemos nos  conhecendo, percebendo claramente as limitações de cada um e contribuindo para que as mesmas fossem aperfeiçoadas.
Nós fomos criados como pedras brutas, mas temos que aproveitar o rio da nossa vida para em contato com nossos semelhantes nos burilarmos e aperfeiçoarmos nosso espírito. Darmos cada dia um novo passo na nossa evolução espiritual. Não deixar nunca que minha diferença com alguém seja motivo de desânimo ou desarmonia para o meu crescimento como pessoa. Eu sou inteiramente responsável pelos meus atos. Não dá para encobrir os meus defeitos evidenciando os dos outros. Nós temos um compromisso com Deus – sermos felizes. Para isso temos que descobrir onde está a felicidade. E quase nunca ela está onde a colocamos
Estamos vivendo épocas difíceis. O momento sócio-político que vivenciamos, para não dizer só o econômico, deixa-nos deveras tensos. Em vários canais de televisão, o que vemos só nos aumenta o pânico em relação a nossos filhos e netos. Destaque atualmente para os horrores da pedofilia. A justiça é clamada aos quatro ventos e o eco é mal ouvido. A pressão no trabalho é grande para quaisquer que sejam  nossas atividades. Não obstante tudo isso, ao adentrarmos a porta do nosso lar tudo deve ficar lá fora. Devemos nos lembrar que todas as nossas ações são geradas em nossa cabeça, em nosso cérebro, através de nossos pensamentos. Se biologicamente somos o que comemos, espiritual e filosoficamente somos o que pensamos. Portanto, se gerarmos bons pensamentos, produziremos boas ações e consequentemente poderemos minimizar o efeito maléfico do mundo-cão.
Por finitos que somos, não nos é dada a opção de sermos perfeitos, mas que, pelo menos, sejamos justos.
José Moreira Filho
Membro da ALAMI
moreira@baciotti.com

16 de setembro de 2009

A (Des)obrigatoriedade do Voto

Sem dúvida é fato polêmico. Há tantos que defendem a obrigatoriedade e há outros tantos que defendem a facultatividade do voto. Entendo que o dever do voto, traz em si um ranço de ojeriza ao processo eletivo, alvo dessa obrigatoriedade. Seria fator de maior maturação cívica o voto por desejo que por obrigação, se é esse um argumento dos que defendem o voto compulsório. Além disso sabemos que inúmeras nações democráticas respeitam o direito do eleitor de não querer votar. Afinal, se é um direito, deve ser-me permitido usufruir dele ou não. É democrática essa decisão.
Outro fator importante que fortalece o voto facultativo é o de se induzir os candidatos a despender a seus eleitores mais sinceridade, mais honestidade nas promessas bem como mais transparência nas atitudes, para despertar no eleitor o desejo de ir às urnas. E mais, o eleitor que vai às urnas por livre e espontânea vontade, certamente está mais consciente e não vai anular seu voto. E o voto nulo é um claro sinal de desinteresse do cidadão pelo processo. Só para dar um exemplo, nas eleições de 1998 esse somatório atingiu o índice de 40,19%.
Com a desobrigatoriedade do voto todos saímos ganhando. Ganham  o candidato, o eleitor e a nação que sai com sua  democracia mais fortalecida. Sabemos que hoje,  uma parcela de nossa sociedade já exerce esse direito puro e simplesmente, é o caso dos menores de 16 a 18 anos e dos maiores de 70, e sem o medo de serem punidos ou terem que passar pelo trabalho da justificativa, caso não cheguem até às urnas em tempo hábil.  Não nos esquecendo ainda, que o voto não é a única expressão de cidadania.
Deixemos, portanto, ao cidadão, apenas a obrigatoriedade de ser eleitor.  Ser portador desse documento que lhe franqueia uma série de facilidades no exercício de sua cidadania. Mas deixemos também ao seu arbítrio a opção de exercer ou não o sublime direito de escolher os mandatários de seus destinos políticos. Essa é uma prerrogativa inerente à cidadania. Irrevogável e intransferível.
O ideal seria fazermos  uma prévia consulta à população através de um plebiscito, no qual democraticamente ficaria patente o desejo da população a respeito de tal assunto. Resta sabermos se isso interessa aos grupos políticos majoritários, caso contrário, Inês  é morta !

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

6 de setembro de 2009

(In)dependência ou Sorte?

(IN)DEPENDÊNCIA OU SORTE ?

A propósito da famigerada data que comemoramos , cabe-nos , se não o dever, o direito de exprimir algumas considerações.
Há exatos 187 anos, um príncipe, imbuído de exacerbado ufanismo e tendo o nobre orgulho ferido, disse uma frase: INDEPENDÊNCIA OU MORTE.
Hoje, diante de tudo que presenciamos no cenário nacional, parece-nos  que optamos pela morte. Infelizmente uma morte lenta e  gradual, pois em doses homeopáticas nossos governantes desde aqueles idos tempos, têm nos administrado o terrível veneno do desprezo. Pois vejamos:  querem maior desprezo do que decretar a pena de morte a alguém sem julgamento e depois esquartejar seu corpo e espalhar as partes pelas estradas? Ou seqüestrar um cidadão qualquer – exemplo, um jornalista – depois matá-lo e simular um suicídio na prisão? Ou ainda brincar com  o salário mínimo de espicha–encolhe? O parco e sagrado recurso que têm os menos favorecidos para sobreviver?  E o veneno mais forte ainda, o de  julgar estultos a todos nós, nos brindando com bate-bocas em momento e lugar em que  deveriam estar cuidando de nossos interesses, ou ainda vindo à televisão e afirmando coisas que são no dia seguinte, ou até antes, comprovadamente mentiras?
Como brasileiro sinto-me traído e ofendido, o que acredito acontecer com todo cidadão de bem desse país. Como penso que a ofensa se mede pela pessoa ofendida, essa ofensa é brutal. Pois os nossos representantes, aqueles que deveriam defender com todas as forças nossa independência, o fazem sim, mas apenas para si mesmos e para seus apaniguados, ofendendo não um coleguinha de escola  com uma bobaginha  qualquer, mas ofendendo sim, mais de 190 milhões de brasileiros, na maioria honestos, trabalhadores e tementes a Deus. Assim essa ofensa é do tamanho do nosso país. Portanto Senhores Congressistas componentes das várias CPIs, CONSELHOS, LIDERANÇAS, ETC., façam justiça! Não deixem que sejamos roubados no que nos dá mais orgulho – nossa dignidade. Senhores Congressistas, o povo não está preocupado de onde sai tanto dinheiro, ou para onde ele vai. Até porque isso não vai fazer diferença no nosso dia-a-dia. O povo está preocupado, sim, com a nossa história. Não queremos passar para os anais da História como o país da corrupção, da desfaçatez e da impunidade.
Oxalá pudéssemos, no próximo  setembro,  estar com a espada da esperança no alto e não tendo que ficar apenas na espera da sorte. Que possamos ser realmente  senhores do nosso destino, com democracia plena e cidadania de fato. Que não tenhamos que optar, como tem sido até agora, entre  (in)dependência ou sorte.

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

28 de agosto de 2009

O Homem e a Natureza

Desde que o homem apareceu na face da terra, aproximadamente há um milhão de anos, que ele vem tendo com a natureza uma relação direta. Podemos até imaginar uma fórmula simples que nos  mostra pedagogicamente  essa relação. Seria: H < N ;  H = N ;  H > N e  H ? N, onde o H representa o homem e o N a natureza. Pois bem, no início da pré-história, o homem era menor que a natureza, (H < N) ou seja, sofria com as agruras do tempo. O frio o castigava, as tempestades o apavorava e os animais o devorava. Depois o homem  equipara-se a natureza, (H = N). Se identifica com ela e vive em harmonia. Para se livrar das tempestades, abriga-se nas cavernas, para amenizar o frio, faz fogueiras, para se alimentar colhe frutos e já abate animais. Sua preocupação única era sobreviver. Em seguida usando sua inteligência e habilidades passa a dominar a natureza, (H > N). Aí sim, resolve com técnicas e invenções muitos dos problemas que o afligia. Consegue colheitas mais abundantes, supera as dificuldades com as intempéries usando as mais sofisticadas invenções e até encurta as distâncias, perfurando montanhas, construindo navios e aviões. Controla a natureza, inclusive fazendo chover.
Hoje, porém, sabemos que essa relação do homem com a natureza é agressiva, é altamente prejudicial a ela e a nós. O modelo de civilização adotado é altamente danoso ao meio ambiente. Ao procurar facilidades e conforto o homem abre mão de uma vida mais natural, principalmente com relação à alimentação. Ao preferir o automóvel, o homem não caminha. Ao preferir o fast-food, não dá ao seu organismo o tempo e a oportunidade de uma digestão completa e satisfatória. Ao preferir a televisão, nega-se a si mesmo, a opção da reflexão. Da meditação. Hoje, desde a infância, tudo nos chega pronto. A criança não constrói mais seus brinquedos, a comida é encontrada pronta e o pensamento já nos chega ruminado pela telinha. Hoje consideramos, com muita propriedade, o último item da fórmula: H ? N. O homem se encontra perdido diante da natureza. Não sabe o que fazer para, pelo menos, minimizar os efeitos terríveis causados pelas respostas da natureza a séculos de agressões provocadas pelo homem.
No entanto, é sempre bom lembrar, que as ações daníficas do homem contra a natureza, não são frutos de ignorância ou incapacidades. São sim falta de boa vontade, especialmente política, de nossos administradores públicos. Acrescendo-se a isso uma forte dose de ganância, de egoísmo e de falta de urbanismo por parte de muitos capitalistas que, que por “n” razões, tem em suas mãos o destino de fortunas consideráveis no mundo.
Mais uma vez, venho bater na velha tecla, que ao meu ver, é a única opção para a médio prazo, salvar as futuras gerações de uma catástrofe: a educação. Colocarmos na cabeça de nossas crianças que a água, a terra, o ar, as árvores são sinônimo de vida. Que se destruirmos esses elementos, estaremos destruindo a nós mesmos. Ou veremos concretizar as previsões de São João no seu livro canônico – Apocalipse.

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

17 de agosto de 2009

Hipocrisia Crônica

Seria realmente  cômico, se não fosse trágico, o que o circo de Brasília tem apresentado, cada vez com maior eficiência e explicitação, ao seu (des)respeitado  público. Como se já não bastasse o degladiar de meritíssimos no supremo, somos obrigados agora a assistir cenas típicas de colegiais no recreio escolar. Vergonhosa manifestação patrocinada pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Tasso Jereissatti (PSDB-CE) que travaram um agressivo e tumultuado bate-boca no plenário da Casa no fim da tarde do dia 06/08/2009, com direito a palavras de baixo calão, levando inclusive a interrupção temporária da Sessão.
Mas o que nos deixa perplexos e inconformados, é que a grande maioria dos nossos congressistas, age como se fossem limpos, imaculados. Cada um julga seu par/adversário um corrupto, quando sabemos que os confiáveis naquele picadeiro podem ser contados nos dedos de uma mão.
O que ocorre na verdade, é que protegidos pelo manto sagrado da imunidade parlamentar, nossos representantes abusam de seus poderes e defendem seus interesses particulares sem o menor escrúpulo. Dão sempre a impressão de que estão lutando pelo bem comum, já nem se importando com o fato de parecer ser, pois já se acostumaram com o cinismo. A hipocrisia, que, em se tornando crônica, criou uma carcaça tal que os deixam inatingíveis pelas críticas. Sejam da mídia em geral, sejam de seus eleitores.
Ao chegarmos nesse estado de coisas, deve-se questionar a democracia-governo do povo.  Como o nosso povo está gerindo seu destino? A vontade da maioria da população está sendo respeitada? Ou a de um grupo seleto que finge legislar para todos. E o que mais nos deixa indignados é que nessa comédia do poder, trocam-se os personagens, mas o cenário e o enredo continuam os mesmos.
Penso que muita coisa em nossa democracia precisa ser repensada. Desde o sistema político eletivo até a distribuição de renda passando pela equivalência dos três poderes. Por exemplo, pergunto: o que mudaria para melhor na vida de um cidadão, se na Câmara Municipal de seu município tivesse mais dois, cinco ou dez vereadores? (PEC 20/2008). O que se espera da democracia é uma genuína representatividade popular e não a centralização e manipulação do poder por poucos.
Quantos anos mais, quantas eleições devem acontecer para que nosso quadro político-institucional amadureça e corresponda a nossas expectativas? Até quando nossos políticos vão menosprezar nossa inteligência?

Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?...

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

8 de agosto de 2009

Ecumenismo

Às vezes me pego pensando por que existem tantos credos religiosos, se existe apenas um Deus. Se a verdade deixada por Jesus é tão simples. “ O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (João 15:12) Por que tantos caminhos diferentes se queremos chegar a um mesmo ponto? Por que tantos movimentos, encontros, conferências buscando essa unificação e cada vez mais proliferam-se tendências religiosas diferentes? O que está faltando? Seria humildade? Em muitos casos sabemos que, inescrupulosos, embalados pela ganância, se aproveitam da boa fé de pessoas humildes para se enriquecer ilicitamente.  Acredito até que em alguns setores existe o que poderíamos chamar de arrogância religiosa. Pessoas que tem um cargo ou função religiosa e se julgam donos da verdade. Se esquecem que a autoridade é alicerçada no respeito e na responsabilidade e não na vaidade. Responsabilidade essa que o levará a atender a todos os que o procurem indistintamente. Respeito esse que o levará aceitar as diferenças do outro. Se esquecem que o verdadeiro amor se embasa na sabedoria e não na inteligência. E sabedoria é entender que cada um de nós tivemos uma história de vida diferente, portanto reagimos diferentemente em relação ao mundo que nos cerca.  Alem disso devemos nos lembrar que todos nós pertencemos a uma mesma raça – a humana. Somos iguais no princípio e no fim. Isso é o que importa. Portanto as diferenças de cor, credo, tendências políticas, ideológicas, sexuais, são detalhes que não devem ser motivos para sustentar  ódios, rancores e guerras. E sabemos que, ainda hoje, muitos matam em nome de Deus.
Assim sendo, porque não nos unirmos em torno do único e verdadeiro Deus, respeitando as pequenas diferenças de cada um e comungando um mesmo ideal religioso – sermos felizes. Não foi para isso que fomos criados?
Etimologicamente,  a palavra ecumenismo vem do grego. Se buscarmos na Wikipédia encontraremos o seguinte: Ecumenismo (ou eucumenismo) é o processo de busca da unidade. O termo provém da palavra grega "oikos" (casa), designando "toda a terra habitada". Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato, pode designar a busca da unidade entre as religiões ou, mesmo, da humanidade. Neste último sentido, emprega-se também o termo "macro-ecumenismo". Surgiu na Conferência Missionária Mundial, em Edimburgo, em 1910, que resultou em dois congressos posteriores, em Estocolmo, em 1925 e Oxford em 1939.
Que bom seria se conseguíssemos absorver esse último sentido do termo e em tempo de globalização econômica, globalizássemos também o bem estar. A dignidade existencial, o prazer de viver, a felicidade.
Que tal resgatarmos o grande humanista Thomas More e acreditarmos na utopia ?
Sonhar só faz bem.

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

6 de agosto de 2009

Duas histórias diferentes e um final surpreendente

Muitos anos atrás, Al Capone possuía virtualmente Chicago.
Capone não era famoso por nenhum ato heróico.
Ele era notório por empastar a cidade com tudo relativo a contrabando, bebida, prostituição e assassinatos.
Capone tinha um advogado apelidado 'Easy Eddie'. Era o seu advogado por um excelente motivo. Eddie era muito bom!
Na realidade, sua habilidade, manobrando no cipoal legal, manteve Al Capone fora da prisão por muito tempo.
Para mostrar seu apreço, Capone lhe pagava muito bem.
Não só o dinheiro era grande, como Eddie também tinha vantagens especiais.
Por exemplo, ele e a família moravam em uma mansão protegida, com todas as conveniências possíveis.
A propriedade era tão grande que ocupava um quarteirão inteiro em Chicago. Eddie vivia a vida da alta roda de Chicago, mostrando pouca preocupação com as atrocidades que ocorriam à sua volta.
No entanto, Easy Eddie tinha um ponto fraco.
Ele tinha um filho que amava afetuosamente. Eddie cuidava que seu jovem filho tivesse o melhor de tudo: roupas, carros e uma excelente educação.
Nada era poupado. Preço não era objeção. E, apesar do seu envolvimento com o crime organizado, Eddie tentou lhe ensinar o que era certo e o que era errado.
Eddie queria que seu filho se tornasse um homem melhor que ele.
Mesmo assim, com toda a sua riqueza e influência, havia duas coisas que ele não podia dar ao filho: ele não podia transmitir-lhe um nome bom ou um bom exemplo.
Um dia, o Easy Eddie chegou a uma decisão difícil.
Easy Eddie tentou corrigir as injustiças de que tinha participado.
Ele decidiu que iria às autoridades e contaria a verdade sobre Al 'Scarface' Capone, limpando o seu nome manchado e oferecendo ao filho alguma semelhança de integridade.
Para fazer isto, ele teria que testemunhar contra a quadrilha, e sabia que o preço seria muito alto.
Ainda assim, ele testemunhou.
Em um ano, a vida de Easy Eddie terminou em um tiroteio em uma rua de Chicago.
Mas aos olhos dele, ele tinha dado ao filho o maior presente que poderia oferecer, ao maior preço que poderia pagar.
A polícia recolheu em seus bolsos um rosário, um crucifixo, uma medalha religiosa e um poema, recortado de uma revista.
O poema:
'O relógio de vida recebe corda apenas uma vez.
E nenhum homem tem o poder de decidir quando os ponteiros pararão, se mais cedo ou mais tarde.
Agora é o único tempo que você possui.
Viva, ame e trabalhe com vontade.
Não ponha nenhuma esperança no tempo, pois o relógio pode parar a qualquer momento.'

(CONTINUEM LENDO)

HISTÓRIA NÚMERO DOIS

A Segunda Guerra Mundial produziu muitos heróis.
Um deles foi o Comandante Butch O'Hare.
Ele era um piloto de caça, operando no porta-aviões Lexington, no Pacífico Sul.
Um dia, o seu esquadrão foi enviado em uma missão.
Quando já estavam voando, ele notou pelo medidor de combustível que alguém tinha esquecido de encher os tanques.
Ele não teria combustível suficiente para completar a missão e retornar ao navio.
O líder do vôo o instruiu a voltar ao porta-aviões.
Relutantemente, ele saiu da formação e iniciou a volta à frota.
Quando estava voltando ao navio-mãe viu algo que fez seu sangue gelar: um esquadrão de aviões japoneses voava na direção da frota americana.
Com os caças americanos afastados da frota, ela ficaria indefesa ao ataque.
Ele não podia alcançar seu esquadrão nem avisar a frota da aproximação do perigo.
Havia apenas uma coisa a fazer.
Ele teria que desviá-los da frota de alguma maneira.
Afastando todos os pensamentos sobre a sua segurança pessoal, ele mergulhou sobre a formação de aviões japoneses.
Seus canhões de calibre 50, montados nas asas, disparavam enquanto ele atacava um surpreso avião inimigo e em seguida outro.
Butch costurou dentro e fora da formação, agora rompida e incendiou tantos aviões quanto possível, até que sua munição finalmente acabou.
Ainda assim, ele continuou a agressão.
Mergulhava na direção dos aviões, tentando destruir e danificar tantos aviões inimigos quanto possível, tornando-os impróprios para voar.
Finalmente, o exasperado esquadrão japonês partiu em outra direção.
Profundamente aliviado, Butch O'Hare e o seu avião danificado se dirigiram para o porta-aviões.
Logo à sua chegada ele informou seus superiores sobre o acontecido.
O filme da máquina fotográfica montada no avião contou a história com detalhes.
Mostrou a extensão da ousadia de Butch em atacar o esquadrão japonês para proteger a frota.
Na realidade, ele tinha destruído cinco aeronaves inimigas.
Isto ocorreu no dia 20 de fevereiro de 1942, e por aquela ação Butch se tornou o primeiro Ás da Marinha na 2ª Guerra Mundial, e o primeiro Aviador Naval a receber a Medalha Congressional de Honra.
No ano seguinte Butch morreu em combate aéreo com 29 anos de idade.
Sua cidade natal não permitiria que a memória deste herói da 2ª Guerra desaparecesse, e hoje, o Aeroporto O'Hare, o principal de Chicago, tem esse nome em tributo à coragem deste grande homem.
Assim, se porventura você passar no O'Hare International, pense nele e vá ao Museu comemorativo sobre Butch, visitando sua estátua e a Medalha de Honra. Fica situado entre os Terminais 1 e 2.

O que têm estas duas histórias de comum entre elas?

Butch O'Hare era o filho de Easy Eddie.

Somos espelhos para nossos filhos! NÃO SE ESQUEÇA DISSO.

3 de agosto de 2009

Espiritualidade

O que seria a espiritualidade ?  Espiritualidade para o nosso raciocínio é o equilíbrio de nossas forças internas. É um atributo pessoal que nos dá serenidade e força para agirmos no mundo exterior. O homem que cuida de sua espiritualidade é um homem que tem fé. Que acredita no que não vê. Crê naquilo que sua experiência existencial mais seu esforço intelectual lhe permitem confiar.
Bem, partindo dessa definição que imaginei, tentarei algumas colocações pertinentes.
Nós, humanos, conhecemos três princípios energéticos aos quais estamos submetidos durante nossa vida, que são: o físico, o mental e o espiritual. Entendemos também que a substância do princípio físico é a força, que é representada pelos  músculos. Assim, é tão mais forte, quanto musculoso for o homem. Quanto mais vigor físico, mais poder. No começo dos tempos era assim. Essa supremacia muscular representava a supremacia social para os homens primitivos – o chefe era o mais forte. Porém com o passar dos tempos, essa superioridade da força foi confrontada com o pensamento e gradativamente implanta-se o império do princípio mental, do racional. A Esparta bélica defronta-se com a Atenas intelectual. Aqui deparamo-nos com o substrato do princípio mental, que não é outro senão a lógica, o raciocínio correto e coerente. Mas felizmente a evolução continua e mais e mais pessoas estão descobrindo que o importante mesmo é o espírito. A matéria morre, se decompõe, se transforma em pó inerte. Hoje já temos em várias frentes, o reconhecimento do aspecto espiritual. Quanto mais for verdadeiramente evoluído um povo, tanto mais será desenvolvido espiritualmente. É bom lembrar que não estamos falando de religião. Espiritualidade não quer dizer  necessariamente  religiosidade. Cada indivíduo pode ser caracterizado por sua religiosidade, suas crenças particulares e práticas relativas a sua religião, sem no entanto, ter um alto nível de espiritualidade. Espiritualidade é a ascensão do aspecto espiritual sobre o mental e o físico. No entanto grande parte da humanidade ainda não compreende isso. Daí a proliferação de seitas e igrejinhas  aqui e acolá. Basta alguém falar bonito demonstrando um pouco de conhecimento bíblico (leia-se decoreba da bíblia) e já se tem uma turba de seguidores. Ávidos por saciar suas necessidade espirituais, seus anseios por felicidade.
Podemos dizer que esse aspecto, objeto de minhas reflexões, é sustentado pela fé e pela crença inabalável no possível. A um observador sábio, não faltam provas dos resultados positivos do poder da espiritualidade.
Assim, entendemos, que o homem é um ser composto por matéria e espírito. Porém hoje, apesar do avanço científico, do desenvolvimento intelectual, o homem insiste em valorizar mais a matéria em detrimento do espírito. O culto ao corpo sobrepõe ao do espírito. Assistimos hoje uma explosão de cuidados com a  beleza. Preocupação exagerada com o físico, portanto com a matéria. Preocupação que chega ser angustiante. Se a mulher veste uma roupa e a sente apertada já é motivo para se sentir preocupa, é sinal que ganhou uns quilinhos a mais e isso é terrível.
Academias espalham-se pelas cidades. Programas de emagrecimento com acompanhamento científico é a coqueluche nos spas. As pessoas se submetem a variadas torturas. Aplicações de botox, silicone, bronzeamento artificial etc. As candidatas a modelo chegam à beira da anorexia. Criou-se até uma lei proibindo o emagrecimento exagerado nas passarelas. Cirurgias as mais diversas são criadas em nome da beleza, nem sempre em nome da saúde.
Muito bem, e a outra parte? A espiritual. Existe a mesma preocupação com ela?  O que está acontecendo com a nossa espiritualidade?  Você se lembra da última vez que fez um retiro espiritual? Um recolhimento talvez? Uma auto-análise? Uma introspecção que seja?
Sabemos que o nosso espírito precisa disso, mas sabemos também da dificuldade dessa prática no mundo pós-moderno. O homem hoje é bombardeado com um número estratosférico de informações diárias. Isso cria um burburinho tal em sua mente, que inibe, que dificulta uma meditação mais profunda e eficiente. Ao mesmo tempo cria em nosso interior um vazio enorme. E essa vacuidade é responsável pela angústia e pela  depressão. Daí o crescente número de pessoas em busca de auxílio nas clínicas psiquiátricas. O número de profissionais da área psicológica é cada vez maior. Não é sem razão que o consumo de anti-depressivos no Brasil cresceu 42% nos últimos 4 anos.  As pessoas buscam a felicidade em tudo, inclusive, e principalmente no material, se esquecendo que o eterno é o espírito. Assim sendo o que devemos fortalecer é o espírito. A fortuna que devemos acumular é aquela invisível aos olhos. Ela só é percebida pelo sexto sentido. Essa é a riqueza que realmente vai nos fazer feliz. Em não sendo assim iremos entulhar o nosso cofre e esvaziar o nosso coração. E aí o que teremos? Um espírito fraco. E nessas circunstâncias o nosso espírito se encontrará vazio. Com fome. E para fome espiritual, só alimento espiritual. E não há melhor alimento para o espírito do que aquele recomendado pelo próprio Cristo: “Tomai e bebei dele todos, pois isso é o meu sangue...” e “Tomai e comei dele todos, pois isso é a minha carne...”  Evidentemente que aqui carece-se de uma reflexão exegética.
A respeito da riqueza espiritual, cito na íntegra, o que disse Sir John Templeton, um dos homens mais ricos dos Estados Unidos: “Se não desenvolvermos um reservatório de riqueza espiritual, provavelmente não há dinheiro que nos faça feliz. A riqueza espiritual proporcionará a fé, nos dá amor, traz e expande a sabedoria. A riqueza espiritual leva à felicidade porque nos orienta para relacionamentos úteis e afetuosos. Tendo a riqueza espiritual como a base e segurança de nossas vidas, ganhamos uma profunda e duradoura paz que não pode ser obtida apenas com riqueza material”
A dimensão espiritual está implícita na natureza humana e a vivência espiritual comumente é uma experiência subjetiva, individual, particular, mas que algumas vezes pode ser compartilhada com os outros. Isso será explícito, por exemplo, na prática da solidariedade. Oportunidade de exercitarmos a espiritualidade na experiência fraterna.
Ainda bem, que já sentimos no homem contemporâneo uma pontinha de preocupação com o aspecto espiritual. Como já disse, o homem hoje, embora sem saber direito, está a procura de um caminho espiritual. Quem tem o costume de navegar pela internet, já percebeu o sem número de mensagens de cunho espiritualista que nos chegam todos os dias. É a busca de alguma coisa que sacie a sede do espírito. É a necessidade do ser humano de atender o objetivo para o qual foi criado – ser feliz.
Concluindo, devemos nos lembrar que,  o caminho do aperfeiçoamento espiritual não é fácil. Obstáculos mil existem, pois os nossos sentidos nos traem, frente ao chamamento intensivo para o gozo dos benefícios do mundo profano. Mas o sábio consegue fazer a distinção e certamente encontrará a paz.
Quanto a isso nos faz bem lembrar que: se o leito do rio fosse absolutamente liso, sem nenhum obstáculo, jamais ouviríamos a música do borbulhar das águas.

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

31 de julho de 2009

Drogas e Violência

É muito cruel e desastrosa essa parceria. Sofre a vítima, sofre a família e os amigos e sofre a sociedade. Sofre  a vítima, o usuário, com o mal físico e psicológico provocado por todo tipo de drogas. Sofre a família e os amigos, com a perda de um uma pessoa querida que sai do convívio afetivo de  seu grupo e sofre a sociedade, com os gastos vultosos que o poder público é obrigado a fazer com todo tipo de ação, seja preventiva, coibitiva ou curativa para minimizar os efeitos desse terrível mal.
É uma guerra violenta travada com um inimigo que não dá tréguas e pelos noticiários que todos dias vemos na mídia, parece que estamos perdendo. Entendo que, como outros problema que afligem a sociedade brasileira, existem muitas vertentes que conduzem um jovem a entrar por esse caminho. A primeira seria a estrutura familiar, que precisa dar um berço à criança. Mas para se estruturar a família precisa de uma macroestrutura, ou seja, que a sociedade lhe dê condições de trabalho digno, de saúde e de moradia. Outro aspecto seria a educação. Uma criança/adolescente que tenha freqüentado uma escola de qualidade e que portanto tenha tido informação e formação, consegue se posicionar diante do convite vil da droga. Por último, formando o tripé desse equilíbrio psico-emocional que colocará o jovem ileso a esse mal, é a religião. Suporte espiritual que dará ao jovem a alegria de viver, livrando-o de qualquer depressão. Assim, com esse forte embasamento, emocional da família, cultural da escola e espiritual da religião, a pessoa humana tem forças para evitar esse vício.
Bem, o outro lado da questão – a violência – é simplesmente conseqüência. Todos nós sabemos que o dependente sem recursos financeiros, pratica qualquer crime para satisfazer sua necessidade. Principalmente o latrocínio e o homicídio. Daí vem a repressão e a necessidade de mais presídios e portanto mais gastos públicos para simplesmente retroalimentar o crime, pois como já se apelidou, nossos presídios estão mais para universidades do crime do que para recuperação social.
Assim sendo penso que a responsabilidade desse combate é de todos nós. Pais, professores, detentores de poderes  no âmbito do legislativo, do judiciário e do executivo. Pois se vencermos será uma vitória de toda a sociedade e se perdermos, toda a sociedade será derrotada. Portanto vamos nos unir e dar as mãos, principalmente, àqueles que já estão na frente de batalha, se dedicando em trabalhos voluntários e abnegados em prol de causa tão justa.

José  Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

27 de julho de 2009

Os limites da complacência

Se questionarmos pais e professores atualmente sobre o que querem para seus filhos e alunos, por certo a resposta será, que tenham sucesso na vida. Se perguntarmos o que significa sucesso, com certeza irão dizer,  ter uma profissão,  constituir uma família e se independer  financeiramente. Talvez se esqueçam de dizer – ser feliz!  Talvez se esqueçam que aí está a razão da existência  de todo ser humano.
Bem, mas como direcionar nossa juventude para a felicidade? Eis a questão. Com certeza será imprimindo em sua formação uma forte dose de caráter firme e reto. Bons hábitos, bons costumes e um equilibrado senso de moral. É verdade que no mundo hodierno essa é uma tarefa por demais exaustiva. Temos adversários fortíssimos. Chamarizes fascinantes com perspectivas falsas mas bem atraentes. Aqui se inclui a televisão em particular e a mídia em geral, mostrando o enriquecimento fácil através do crime considerado banal. O absurdo passou a ser normal. Como, por exemplo, assassinar pais, vender filhos, ou expor  o próprio corpo aos flashes dos cifrões milionários. Sem nos esquecermos das megafalcatruas e trapaças patrocinadas por “colarinhos brancos” , devidamente amparados pela imunidade parlamentar. Tudo normal. Tudo pode. Perdemos os limites da complacência.  Diante dos argumentos de que vivemos outros tempos, de que o mundo mudou, somos impelidos a sermos condescendentes demais e não estabelecemos limites para os filhos, para os alunos, para os empregados, para o governo e mesmo para os bandidos. Me lembro de uma frase de um famoso político brasileiro, há algum tempo, sobre a criminalidade: “...estupra, mas não mata ”.
Chegamos a tais absurdos, quando em casa, os pais se privam de bens necessários, para municiar os filhos com supérfluos, na santa ignorância de que isso os fará mais gente. Na escola a facilitação continua. A permissividade  é tamanha que já temos casos de aluno freqüentar aulas armado. Na balança da temperança, o prato da complacência é sempre mais pesado que o da exigência. Com isso, ao chegar à vida adulta, o indivíduo não aceita ser cobrado pelo patrão e esse por sua vez, tende a ser por demais “bonzinho” com os  medíocres. Não se exige a excelência nem na família, nem na escola, nem no trabalho e consequentemente também não exigimos nada da classe política ou do governo.
Urge encontrarmos um meio termo na formação de nossos jovens, combinando posturas mais espartanas com a maleabilidade sincera do amor. Só assim teremos gerações mais centradas, menos frívolas e mais responsáveis.
Só assim, encontrando os limites de nossa complacência, poderemos conduzir as novas gerações para um futuro menos tenebroso do que o que se pinta em nosso horizonte, a considerarmos o liberalismo desenfreado em que se encontra hoje a nossa sociedade.

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

25 de julho de 2009

Ubuntu com cara de XP

Personalizar o GNOME do Ubuntu 9.04 para deixá-lo parecido com o Windows XP apenas executando um script.

Facilita a migração de usuários Windows para Linux.



http://ubuntu.online02.com/node/14

Caminhantes

(por Alexandre Pelegi)

Há pessoas que deixam pegadas eternas pela vida. Seguem seu próprio
caminho, sem se importar com os obstáculos que encontram, nem com as
distâncias que as separam de seus destinos. Elas apenas caminham,
marcando cada passo com energia e convicção, deixando atrás de si um
rastro de originalidade e sabedoria. Suas pegadas só são percebidas
pelos que vêm depois, e que descobrem ser aquele o melhor caminho para
uma vida melhor. Mas os que seguem a mesma estrada e trilham as mesmas
pegadas, estes não encontrarão diante de si nem os mesmos desafios,
nem os mesmos obstáculos, e todas as descobertas já serão conhecidas.

O desafio de nossa caminhada terrena está não só em descobrir por qual
estrada devemos seguir, mas a que destino almejamos chegar. Aqueles
que olham apenas para o chão, seguindo os passos de outros,
dificilmente terão problemas no percurso. A segurança de sua jornada
está em repetir o caminho que muitos já trilharam, pois seus problemas
serão menores e mais previsíveis.

Mas há aqueles que preferem admirar as paisagens da estrada e em
sentir prazer na aventura da jornada. Na curiosidade de descobrir
novos lugares e de perceber novos encantos, eles se aventuram por
trilhas inóspitas e desconhecidas. Muitas vezes, olhando para o céu e
orientando-se pelas estrelas, eles se descobrem voltando para o local
de onde saíram, mas o atraso não os assusta, nem intimida, pois se
sentem mais seguros e animados. Eles, sem o saber, vão fazendo seu
próprio caminho.

Aqueles que seguem as trilhas demarcadas, ao contrário dos
aventureiros, chegarão sempre a algum lugar. Mas como caminharam com
os olhos pregados ao chão, pouco poderão dizer do que viram... Os que
se encantam pelo caminho dificilmente chegarão a algum ponto final,
mas saberão de muitos atalhos e terão sempre muitas histórias para
contar.

Sua maior conquista é o que aprenderam: a magia da vida está na eterna
mudança, e o destino não é algo fora de nós, mas um desafio sagrado
que trazemos na algibeira.

23 de julho de 2009

Curso gratuito do Sebrae

Iniciando um pequeno grande negócio

Curso gratuito do Sebrae para pessoas que jápossuem um desejam iniciar negócio próprio.

Matrículas abertas

http://ipgn.iea.com.br/

22 de julho de 2009

Inteligência e Sabedoria

INTELIGÊNCIA  E SABEDORIA
(José Moreira Filho)

Hoje, na idade contemporânea, vivemos a explosão do novo. Tudo que é novo é supostamente bom. É aceito como melhor. Isso funciona em relação aos bens de consumo em geral e infelizmente também em relação às pessoas. A palavra “novo” antecipa, quase sempre, qualquer anúncio de produto recém- produzido. Porém, nessa busca pela novidade, a sociedade se esquece de valores importantes, já há muito calcados em nossas vidas e que enriqueceram as gerações anteriores. Valoriza a cabeça – inteligência e se esquece do coração – sabedoria. Valoriza a velocidade e se esquece da experiência. Valoriza o belo em detrimento do  eficiente, o glamoroso em detrimento do humilde, o eloqüente e esperto em detrimento do sábio. É uma grande pena ver essa moçada de hoje, plena de informações, no domínio de tecnologias nunca dantes vistas e absolutamente vazia de sabedoria. Não conseguindo, com todo esse arcabouço de informações, conduzir suas vidas de maneira saudável e producente. O homem na sua trajetória histórica inteligentemente criou ambientes confortáveis, facilidades e técnicas deveras eficientes para o bem estar, marchando firme   rumo ao desenvolvimento, construindo o que se chamou progresso. Mas se esqueceu de caminhar rumo ao seu interior. De explorar o âmago de sua personalidade, de se conhecer e conhecer o outro. É bem verdade que o domínio da sabedoria não é uniforme no mundo. Existem culturas, exemplo, as orientais que se exercitam constantemente no aperfeiçoamento da sabedoria. Mas é uma caminhada árdua e infinita. Ninguém sabe tudo, alias já disse o grande mestre grego, Sócrates: “só sei que nada sei”.
Sabedoria humana seria a capacidade que ajuda o homem a identificar seus erros e os da sociedade e corrigi-los. "Feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento; pois melhor é o lucro que ela dá do que o lucro da prata, e a sua renda do que o ouro". (Prov. 3:13-14)
A inteligência pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, abstrair idéias, compreender idéias e linguagens e aprender.
O inteligente faz uso do conhecimento, o sábio o constrói. O inteligente aprende com os erros, às vezes dolorosos, o sábio os prevê e os evita. O inteligente acumula informações, o sábio imagina soluções. O inteligente necessita das letras para exercitar sua capacidade, o sábio pode ser analfabeto.
É muito útil ser inteligente mas é  santificante ser sábio.

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

19 de julho de 2009

Free Shell SDF

O Super Dimension Fortress a mais de 20 anos fornece acesso Shell gratuito. Basta se cadastrar através de telnet ou ssh para new@sdf.lonestar.org e responder algumas perguntas que sua conta é criada.

Características da conta gratuita:

  • Access to email (elm/mutt/pine/mailx) OR pop3

  • Local chat (com/send/bboard)

  • Choice of UNIX shell

  • Hundreds of shell utilities, games and programs

  • Network utilities: ping, finger, whois, traceroute

  • 20 MB disk quota for your email

  • 20 MB disk quota for your home directory

  • 20 MB disk quota for your webspace (yourlogin.freeshell.org)

  • 20 MB disk quota for your gopherspace


(Inbound FTP, scp and sftp access is available after validation)

O SDF é um dos poucos "Free Shells" que ainda estão operacionais.

8 de março de 2009

DropBox - Pendrive virtual grátis

Já faz algum tempo que utilizo o serviço do DropBox para compartilhar documentos entre meu micro de mesa e o Notebook. São 2GB grátis e se integra facilmente ao seu computador. O DropBox possui um software one é criado uma pasta compartilhada em seu windows ou linux, facilitando ao máximo você guardar seus arquivos.

Utilizo-o para cópia de segurança de alguns arquivos e também para compartilhar com amigos fotos e documentos!

Faça o teste e cadastre-se gratuitamente para começar a usar em minutos o serviço!

Além do mais o DropBox possui um sistema de indicações que te permite aumentar mais 3GB seu espaço, por isso cadastre-se pelo link abaixo!

https://www.getdropbox.com/referrals/NTIzMDk3OTk