O VALOR DA EXPERIÊNCIA
O tempo não nos dá tempo. Marcha inexorável e ininterruptamente, cabendo a nós nos posicionarmos nele na medida que nos aprouver. Cabe-nos também a sabedoria de controlar os fatos sobre os quais temos poder. É verdade que sobre uma parte, talvez 10%, não temos controle. Acontecem à nossa revelia. Porém a grande maioria está sob nossa administração.
Aqui entra a experiência. É ela que, se bem aproveitada, nos capacita a controlar os acontecimentos em nossa vida, dispondo-os a nosso favor. E para o bom aproveitamento da experiência é necessário usar nosso tino, nosso espírito de observação, enfim, a sabedoria. Por isso os jovens erram tanto. Pois agem por impulso, intempestivamente, o que é na verdade, próprio de sua idade. Muitas vezes vão na onda e pagam caro por sua insensatez. Inclusive, vale observar, por tudo isso até pagam mais caro pelos seguros de seus veículos.
Uma aliada forte da experiência, é sem dúvida a paciência. É ela que nos dá o tempo necessário para observar o que se passa conosco e nos abre os olhos para diferir experiência de informação. Isso é necessário, pois a informação sacrifica a experiência. Uma vez que a informação se passa no mundo e a experiência se passa em nós. A experiência é criativa e solidificante, ao passo que a informação é volátil e efêmera. Enquanto não conseguirmos trocar nossa informação por experiência não presenciaremos nenhuma mudança substancial em nossa sociedade e a nossa educação está carente disso. Na verdade somos uma sociedade informada. Com informações informatizadas que aniquilam o tempo para experiência. Como a sociedade tem pressa, então não tem paciência.
Assim sendo faz-se necessário não confundir experiência com informação, com trabalho ou com ócio. A Informação é estéril, o trabalho é repetitivo e o ócio é inerte; enquanto a experiência é criadora, dinâmica e fecunda. Pois conforme nos diz Heidegger, se bem o entendemos, a experiência é estimulante e transformadora. Então experienciar é nos abrir aos acontecimentos, esse fato implica em receptividade. Portanto não podemos nos impor mas nos expor. Como o homem moderno é vítima da informação, desde o tempo que vai fazer no dia seguinte até a pasta de dentes que deve usar, fica sem disponibilidade para a experiência.
Por outro lado cabe-nos pensar também o saber, fruto da experiência, que é mais consistente, embora pessoal, individual e único. Mas que poderá se tornar coletivo e social além de benéfico e útil, desde que corretamente certificado pela ciência.
Hoje, felizmente podemos constatar que a sociedade, embora timidamente, tem se dado conta do valor da experiência. Algumas empresas, por confiarem na sabedoria dos idosos, tem admitido aposentados em seus quadros. Nossa sociedade está começando a entender que ser idoso não quer dizer ser velho. Pois enquanto o idoso sonha com o futuro tendo olhos brilhando iluminados pela esperança , o velho dorme acomodado nas sombras do passado.
O sábio não se envelhece com o passar dos anos, mas se enriquece.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
23 de outubro de 2009
16 de outubro de 2009
O Poder
Se buscarmos no Houaiss, vamos encontrar, para essa palavra, entre outras, as seguintes definições: possuir força física ou moral, ter influência, valimento, ser capaz de, estar em condições de... Pois bem, e pensar que é em torno dessa pequena palavrinha que gira o mundo. Todos almejam o poder. Consciente ou não, todos buscam-no. Desde as crianças até os mais poderosos governantes das maiores nações.
Assim, é necessário refletirmos sobre suas variações. Entendo que podemos considerar, num aspecto bem geral, pelo menos, quatro modalidades de poder: o econômico, o político, o espiritual e o moral. Isso porque quaisquer outros tipos que considerarmos, estarão relacionados com algumas dessas modalidades. O econômico, de maior influência, pois num mundo quase todo capitalista não poderia ser diferente, é o que nos acompanha do nascimento até a morte. É em nome, ou por causa desse poder que se mata tanto, que se rouba, que se avilta a pessoa humana em todos os sentidos e que se fere e deforma o Plano da Criação.
Derivado do poder econômico temos o poder político. Digo derivado porque, quem tem dinheiro consegue o poder político por meio da compra do voto e das enganosas campanhas milionárias. E daí, uma vez de posse desse poder, consegue aumentar ainda mais o seu poderio econômico, até porque precisa reaver os gastos de campanha. Ou somos ingênuos de pensar que se gastam fortunas numa campanha política apenas pelo orgulho de ascender-se a um cargo público ou mesmo por magnanimidade?
Quanto ao poder religioso, não difere muito dos anteriores. Desde os primórdios cristãos, a história nos dá conta dos abusos do poder religioso. Basta darmos uma olhada na instituição chamada Inquisição, onde vemos em muitas situações a Cruz se misturar com a Espada. E em nome de Deus pessoas sendo queimadas vivas. Ter poder, é ter mando. É ter influência. E esse sentimento nunca andou de braços dados com a humildade. O poder corrompe, mascara, deforma a personalidade e mostra uma postura orgulhosa travestida de humilde, de honesta e de legal. Contra esse perigo o detentor de qualquer poder deve ter sabedoria para não se contaminar e ter humildade para reconhecer a sua própria falibilidade. O poder religioso até poderia sustentar que Cristo é o caminho, mas que ninguém fosse pedágio.
Finalmente podemos considerar o poder moral. Esse sim é que deveria embasar todos os outros. O poder político teria muito mais sustentabilidade se se firmasse na solidez de posturas corretas, coerentes e éticas. Por que o nosso Congresso está na UTI ? Isso foi atestado até mesmo pelo seu Presidente, há algum tempo atrás, (Cf. Veja, n.º 13 de 02/04/08-páginas amarelas). Poder econômico não lhe falta, nem mesmo o político, mas está apoiado em mentiras, em falcatruas, por isso desacreditado. Os noticiários estão cheios de detentores de poder político sendo algemados e enchendo os camburões da polícia federal. Alguém ainda se lembra da Operação Pasárgada? Tudo isso, simplesmente porque não mesclam o seu poder político com a ética. Com uma conduta ilibada e patriótica.
Não podemos negar que o poder fascina. Muito já se escreveu sobre isso. Existem livros e livros abordando esse assunto. Os 5 passos para o poder pessoal, O poder do sub consciente, O poder da identidade, O poder global... só para citar alguns títulos.
Penso que seria muito bom, que faria muito bem para toda a sociedade se aprendêssemos a cultivar O PODER DO CORAÇÃO !
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
Assim, é necessário refletirmos sobre suas variações. Entendo que podemos considerar, num aspecto bem geral, pelo menos, quatro modalidades de poder: o econômico, o político, o espiritual e o moral. Isso porque quaisquer outros tipos que considerarmos, estarão relacionados com algumas dessas modalidades. O econômico, de maior influência, pois num mundo quase todo capitalista não poderia ser diferente, é o que nos acompanha do nascimento até a morte. É em nome, ou por causa desse poder que se mata tanto, que se rouba, que se avilta a pessoa humana em todos os sentidos e que se fere e deforma o Plano da Criação.
Derivado do poder econômico temos o poder político. Digo derivado porque, quem tem dinheiro consegue o poder político por meio da compra do voto e das enganosas campanhas milionárias. E daí, uma vez de posse desse poder, consegue aumentar ainda mais o seu poderio econômico, até porque precisa reaver os gastos de campanha. Ou somos ingênuos de pensar que se gastam fortunas numa campanha política apenas pelo orgulho de ascender-se a um cargo público ou mesmo por magnanimidade?
Quanto ao poder religioso, não difere muito dos anteriores. Desde os primórdios cristãos, a história nos dá conta dos abusos do poder religioso. Basta darmos uma olhada na instituição chamada Inquisição, onde vemos em muitas situações a Cruz se misturar com a Espada. E em nome de Deus pessoas sendo queimadas vivas. Ter poder, é ter mando. É ter influência. E esse sentimento nunca andou de braços dados com a humildade. O poder corrompe, mascara, deforma a personalidade e mostra uma postura orgulhosa travestida de humilde, de honesta e de legal. Contra esse perigo o detentor de qualquer poder deve ter sabedoria para não se contaminar e ter humildade para reconhecer a sua própria falibilidade. O poder religioso até poderia sustentar que Cristo é o caminho, mas que ninguém fosse pedágio.
Finalmente podemos considerar o poder moral. Esse sim é que deveria embasar todos os outros. O poder político teria muito mais sustentabilidade se se firmasse na solidez de posturas corretas, coerentes e éticas. Por que o nosso Congresso está na UTI ? Isso foi atestado até mesmo pelo seu Presidente, há algum tempo atrás, (Cf. Veja, n.º 13 de 02/04/08-páginas amarelas). Poder econômico não lhe falta, nem mesmo o político, mas está apoiado em mentiras, em falcatruas, por isso desacreditado. Os noticiários estão cheios de detentores de poder político sendo algemados e enchendo os camburões da polícia federal. Alguém ainda se lembra da Operação Pasárgada? Tudo isso, simplesmente porque não mesclam o seu poder político com a ética. Com uma conduta ilibada e patriótica.
Não podemos negar que o poder fascina. Muito já se escreveu sobre isso. Existem livros e livros abordando esse assunto. Os 5 passos para o poder pessoal, O poder do sub consciente, O poder da identidade, O poder global... só para citar alguns títulos.
Penso que seria muito bom, que faria muito bem para toda a sociedade se aprendêssemos a cultivar O PODER DO CORAÇÃO !
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
2 de outubro de 2009
O Pensamento Eficiente
Você já parou alguma vez para refletir sobre o pensamento? O que seria esse processo eletroquímico que impulsiona o mundo? Pois na verdade, tudo que ocorre no mundo, tem seu princípio nessa fração de segundo, quando um neurônio excitado formula e transmite uma informação. Daí surgem as idéias, que se agrupam, se ordenam e se multiplicam, provocando os fatos. E os fatos nos envolvem. Neles participamos ativa ou passivamente, dependendo do nosso grau de conscientização. Às vezes deixamos acontecer e nos contentamos só em reclamar. Não nos damos o trabalho de pensar. É comum ouvirmos a expressão: Ah! não quero nem pensar. Porque pensar dá trabalho. Principalmente se quisermos pensar logicamente. O grande racionalista Descartes, descobriu que existia, porque concluiu que pensava - cogito ergo sum. E nós no Brasil estamos carecendo muito de descobrir que existimos. Que estamos vivos e precisamos assumir as rédeas de nossa história.
Bem, mas pensar só não é suficiente. É preciso pensar com lógica e conjuntamente. É preciso encontrar uma alternativa de poder, sempre democrática, mas premiada pela ética, que privilegie a participação direta do cidadão, que o faça sentir realmente dono de seu destino, responsável pelas realizações governamentais. Medidas tomadas nas caladas das noites, processos votados sob a égide de negociatas clandestinas, só aumentam a apatia política da sociedade. É preciso pensar, para o Brasil contemporâneo, um modelo que resgate a eficiência da democracia participativa. Que concretize a cidadania, sob pena de se avolumar cada vez mais, a desconfiança na suficiência desse modelo para a solidificação de uma democracia plena.
Portanto, é necessário o exercício do pensamento para conseguirmos extirpar o mito de que votando no “menos ruim” estamos cumprindo o nosso dever de cidadão. Essa teoria, na verdade, está tão somente retirando dos políticos todo o ônus das mazelas sofridas pela sociedade e jogando-o sobre os ombros do cidadão-eleitor que não sabe escolher seus representantes. Assim, o cidadão passa de vítima a culpado.
Isso posto, se refletirmos sobre nossa situação política, iremos saber que existem alternativas para o modelo democrático atual e que talvez possam ser melhores para o nosso caso. Podemos sim abdicar desse regime, sem no entanto ter que cair no outro extremo e ter que aturar regimes totalitários. Mas também sem ter que assistirmos a um regime de direitos de grupos, que em nome dessa democracia, privilegia determinados setores em detrimento de outros. Saberemos ainda que é natural essa situação se considerarmos a crise de legitimidade vivida pela democracia no final do século XX.
Cabe-nos portanto “esquentar a cabeça” , por os neurônios para funcionar e trocar as idéias surgidas. Com sinceridade e sem partidarismo. Com otimismo e sem vinganças políticas. Com diálogo, mas com firmeza de posições e conhecimento de causa.
Assim podemos lembrar daqueles dois viandantes que se cruzam em uma estrada, cada um com seu lanche e uma idéia na cabeça. Se trocarem o lanche cada um seguirá com apenas uma refeição, mas se trocarem as idéias, cada um seguirá seu caminho com duas idéias.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
Bem, mas pensar só não é suficiente. É preciso pensar com lógica e conjuntamente. É preciso encontrar uma alternativa de poder, sempre democrática, mas premiada pela ética, que privilegie a participação direta do cidadão, que o faça sentir realmente dono de seu destino, responsável pelas realizações governamentais. Medidas tomadas nas caladas das noites, processos votados sob a égide de negociatas clandestinas, só aumentam a apatia política da sociedade. É preciso pensar, para o Brasil contemporâneo, um modelo que resgate a eficiência da democracia participativa. Que concretize a cidadania, sob pena de se avolumar cada vez mais, a desconfiança na suficiência desse modelo para a solidificação de uma democracia plena.
Portanto, é necessário o exercício do pensamento para conseguirmos extirpar o mito de que votando no “menos ruim” estamos cumprindo o nosso dever de cidadão. Essa teoria, na verdade, está tão somente retirando dos políticos todo o ônus das mazelas sofridas pela sociedade e jogando-o sobre os ombros do cidadão-eleitor que não sabe escolher seus representantes. Assim, o cidadão passa de vítima a culpado.
Isso posto, se refletirmos sobre nossa situação política, iremos saber que existem alternativas para o modelo democrático atual e que talvez possam ser melhores para o nosso caso. Podemos sim abdicar desse regime, sem no entanto ter que cair no outro extremo e ter que aturar regimes totalitários. Mas também sem ter que assistirmos a um regime de direitos de grupos, que em nome dessa democracia, privilegia determinados setores em detrimento de outros. Saberemos ainda que é natural essa situação se considerarmos a crise de legitimidade vivida pela democracia no final do século XX.
Cabe-nos portanto “esquentar a cabeça” , por os neurônios para funcionar e trocar as idéias surgidas. Com sinceridade e sem partidarismo. Com otimismo e sem vinganças políticas. Com diálogo, mas com firmeza de posições e conhecimento de causa.
Assim podemos lembrar daqueles dois viandantes que se cruzam em uma estrada, cada um com seu lanche e uma idéia na cabeça. Se trocarem o lanche cada um seguirá com apenas uma refeição, mas se trocarem as idéias, cada um seguirá seu caminho com duas idéias.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
26 de setembro de 2009
Evolução
O homem foi criado para ser feliz. Esse foi o objetivo de Deus. O Criador, na sua infinita sabedoria, ao criar o homem dotou-o de livre arbítrio, para que suas ações fossem avaliadas. Assim, quando o nosso cão nos defende de um inimigo ele não tem que ser elogiado por esse fato, pois o motivo que o levou a isso foi o seu instinto. Porém, o homem que é racional, livre e emocional, esse sim, quando pratica uma boa ação é digno de nota e quando pratica o mal merece ser castigado. Pois ele pode ter a liberdade de escolha e o faz embasado em sua formação moral, religiosa e psicoemocional adquirida com o passar dos anos. Mas o homem pode evoluir. É uma condição intrínseca ao seu ser. Sabemos também que ele é um animal político por excelência. Portanto carece do convívio de seus semelhantes.
Se observarmos as pedras soltas do leito dos rios veremos que são roliças, isso porque com o passar dos tempos a correnteza se incumbe de atirar uma contra as outras o que vai aparando suas arestas. Com isso o atrito vai diminuindo gradativamente até parecerem simples esferas engraxadas. Assim também o homem precisa de seus semelhantes para que nos esbarrões, encontros e embates tenham suas arestas aparadas.
Assim, cabe-nos usar nossa inteligência e razão para aproveitarmos o atrito com um irmão para dar mais um passo na nossa evolução espiritual.
Às vezes fico imaginando como seria bom se nossa sociedade fosse como uma colméia onde na convivência permanente, no vai e vem do dia a dia fôssemos nos conhecendo, percebendo claramente as limitações de cada um e contribuindo para que as mesmas fossem aperfeiçoadas.
Nós fomos criados como pedras brutas, mas temos que aproveitar o rio da nossa vida para em contato com nossos semelhantes nos burilarmos e aperfeiçoarmos nosso espírito. Darmos cada dia um novo passo na nossa evolução espiritual. Não deixar nunca que minha diferença com alguém seja motivo de desânimo ou desarmonia para o meu crescimento como pessoa. Eu sou inteiramente responsável pelos meus atos. Não dá para encobrir os meus defeitos evidenciando os dos outros. Nós temos um compromisso com Deus – sermos felizes. Para isso temos que descobrir onde está a felicidade. E quase nunca ela está onde a colocamos
Estamos vivendo épocas difíceis. O momento sócio-político que vivenciamos, para não dizer só o econômico, deixa-nos deveras tensos. Em vários canais de televisão, o que vemos só nos aumenta o pânico em relação a nossos filhos e netos. Destaque atualmente para os horrores da pedofilia. A justiça é clamada aos quatro ventos e o eco é mal ouvido. A pressão no trabalho é grande para quaisquer que sejam nossas atividades. Não obstante tudo isso, ao adentrarmos a porta do nosso lar tudo deve ficar lá fora. Devemos nos lembrar que todas as nossas ações são geradas em nossa cabeça, em nosso cérebro, através de nossos pensamentos. Se biologicamente somos o que comemos, espiritual e filosoficamente somos o que pensamos. Portanto, se gerarmos bons pensamentos, produziremos boas ações e consequentemente poderemos minimizar o efeito maléfico do mundo-cão.
Por finitos que somos, não nos é dada a opção de sermos perfeitos, mas que, pelo menos, sejamos justos.
José Moreira Filho
Membro da ALAMI
moreira@baciotti.com
Se observarmos as pedras soltas do leito dos rios veremos que são roliças, isso porque com o passar dos tempos a correnteza se incumbe de atirar uma contra as outras o que vai aparando suas arestas. Com isso o atrito vai diminuindo gradativamente até parecerem simples esferas engraxadas. Assim também o homem precisa de seus semelhantes para que nos esbarrões, encontros e embates tenham suas arestas aparadas.
Assim, cabe-nos usar nossa inteligência e razão para aproveitarmos o atrito com um irmão para dar mais um passo na nossa evolução espiritual.
Às vezes fico imaginando como seria bom se nossa sociedade fosse como uma colméia onde na convivência permanente, no vai e vem do dia a dia fôssemos nos conhecendo, percebendo claramente as limitações de cada um e contribuindo para que as mesmas fossem aperfeiçoadas.
Nós fomos criados como pedras brutas, mas temos que aproveitar o rio da nossa vida para em contato com nossos semelhantes nos burilarmos e aperfeiçoarmos nosso espírito. Darmos cada dia um novo passo na nossa evolução espiritual. Não deixar nunca que minha diferença com alguém seja motivo de desânimo ou desarmonia para o meu crescimento como pessoa. Eu sou inteiramente responsável pelos meus atos. Não dá para encobrir os meus defeitos evidenciando os dos outros. Nós temos um compromisso com Deus – sermos felizes. Para isso temos que descobrir onde está a felicidade. E quase nunca ela está onde a colocamos
Estamos vivendo épocas difíceis. O momento sócio-político que vivenciamos, para não dizer só o econômico, deixa-nos deveras tensos. Em vários canais de televisão, o que vemos só nos aumenta o pânico em relação a nossos filhos e netos. Destaque atualmente para os horrores da pedofilia. A justiça é clamada aos quatro ventos e o eco é mal ouvido. A pressão no trabalho é grande para quaisquer que sejam nossas atividades. Não obstante tudo isso, ao adentrarmos a porta do nosso lar tudo deve ficar lá fora. Devemos nos lembrar que todas as nossas ações são geradas em nossa cabeça, em nosso cérebro, através de nossos pensamentos. Se biologicamente somos o que comemos, espiritual e filosoficamente somos o que pensamos. Portanto, se gerarmos bons pensamentos, produziremos boas ações e consequentemente poderemos minimizar o efeito maléfico do mundo-cão.
Por finitos que somos, não nos é dada a opção de sermos perfeitos, mas que, pelo menos, sejamos justos.
José Moreira Filho
Membro da ALAMI
moreira@baciotti.com
16 de setembro de 2009
A (Des)obrigatoriedade do Voto
Sem dúvida é fato polêmico. Há tantos que defendem a obrigatoriedade e há outros tantos que defendem a facultatividade do voto. Entendo que o dever do voto, traz em si um ranço de ojeriza ao processo eletivo, alvo dessa obrigatoriedade. Seria fator de maior maturação cívica o voto por desejo que por obrigação, se é esse um argumento dos que defendem o voto compulsório. Além disso sabemos que inúmeras nações democráticas respeitam o direito do eleitor de não querer votar. Afinal, se é um direito, deve ser-me permitido usufruir dele ou não. É democrática essa decisão.
Outro fator importante que fortalece o voto facultativo é o de se induzir os candidatos a despender a seus eleitores mais sinceridade, mais honestidade nas promessas bem como mais transparência nas atitudes, para despertar no eleitor o desejo de ir às urnas. E mais, o eleitor que vai às urnas por livre e espontânea vontade, certamente está mais consciente e não vai anular seu voto. E o voto nulo é um claro sinal de desinteresse do cidadão pelo processo. Só para dar um exemplo, nas eleições de 1998 esse somatório atingiu o índice de 40,19%.
Com a desobrigatoriedade do voto todos saímos ganhando. Ganham o candidato, o eleitor e a nação que sai com sua democracia mais fortalecida. Sabemos que hoje, uma parcela de nossa sociedade já exerce esse direito puro e simplesmente, é o caso dos menores de 16 a 18 anos e dos maiores de 70, e sem o medo de serem punidos ou terem que passar pelo trabalho da justificativa, caso não cheguem até às urnas em tempo hábil. Não nos esquecendo ainda, que o voto não é a única expressão de cidadania.
Deixemos, portanto, ao cidadão, apenas a obrigatoriedade de ser eleitor. Ser portador desse documento que lhe franqueia uma série de facilidades no exercício de sua cidadania. Mas deixemos também ao seu arbítrio a opção de exercer ou não o sublime direito de escolher os mandatários de seus destinos políticos. Essa é uma prerrogativa inerente à cidadania. Irrevogável e intransferível.
O ideal seria fazermos uma prévia consulta à população através de um plebiscito, no qual democraticamente ficaria patente o desejo da população a respeito de tal assunto. Resta sabermos se isso interessa aos grupos políticos majoritários, caso contrário, Inês é morta !
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
Outro fator importante que fortalece o voto facultativo é o de se induzir os candidatos a despender a seus eleitores mais sinceridade, mais honestidade nas promessas bem como mais transparência nas atitudes, para despertar no eleitor o desejo de ir às urnas. E mais, o eleitor que vai às urnas por livre e espontânea vontade, certamente está mais consciente e não vai anular seu voto. E o voto nulo é um claro sinal de desinteresse do cidadão pelo processo. Só para dar um exemplo, nas eleições de 1998 esse somatório atingiu o índice de 40,19%.
Com a desobrigatoriedade do voto todos saímos ganhando. Ganham o candidato, o eleitor e a nação que sai com sua democracia mais fortalecida. Sabemos que hoje, uma parcela de nossa sociedade já exerce esse direito puro e simplesmente, é o caso dos menores de 16 a 18 anos e dos maiores de 70, e sem o medo de serem punidos ou terem que passar pelo trabalho da justificativa, caso não cheguem até às urnas em tempo hábil. Não nos esquecendo ainda, que o voto não é a única expressão de cidadania.
Deixemos, portanto, ao cidadão, apenas a obrigatoriedade de ser eleitor. Ser portador desse documento que lhe franqueia uma série de facilidades no exercício de sua cidadania. Mas deixemos também ao seu arbítrio a opção de exercer ou não o sublime direito de escolher os mandatários de seus destinos políticos. Essa é uma prerrogativa inerente à cidadania. Irrevogável e intransferível.
O ideal seria fazermos uma prévia consulta à população através de um plebiscito, no qual democraticamente ficaria patente o desejo da população a respeito de tal assunto. Resta sabermos se isso interessa aos grupos políticos majoritários, caso contrário, Inês é morta !
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
6 de setembro de 2009
(In)dependência ou Sorte?
(IN)DEPENDÊNCIA OU SORTE ?
A propósito da famigerada data que comemoramos , cabe-nos , se não o dever, o direito de exprimir algumas considerações.
Há exatos 187 anos, um príncipe, imbuído de exacerbado ufanismo e tendo o nobre orgulho ferido, disse uma frase: INDEPENDÊNCIA OU MORTE.
Hoje, diante de tudo que presenciamos no cenário nacional, parece-nos que optamos pela morte. Infelizmente uma morte lenta e gradual, pois em doses homeopáticas nossos governantes desde aqueles idos tempos, têm nos administrado o terrível veneno do desprezo. Pois vejamos: querem maior desprezo do que decretar a pena de morte a alguém sem julgamento e depois esquartejar seu corpo e espalhar as partes pelas estradas? Ou seqüestrar um cidadão qualquer – exemplo, um jornalista – depois matá-lo e simular um suicídio na prisão? Ou ainda brincar com o salário mínimo de espicha–encolhe? O parco e sagrado recurso que têm os menos favorecidos para sobreviver? E o veneno mais forte ainda, o de julgar estultos a todos nós, nos brindando com bate-bocas em momento e lugar em que deveriam estar cuidando de nossos interesses, ou ainda vindo à televisão e afirmando coisas que são no dia seguinte, ou até antes, comprovadamente mentiras?
Como brasileiro sinto-me traído e ofendido, o que acredito acontecer com todo cidadão de bem desse país. Como penso que a ofensa se mede pela pessoa ofendida, essa ofensa é brutal. Pois os nossos representantes, aqueles que deveriam defender com todas as forças nossa independência, o fazem sim, mas apenas para si mesmos e para seus apaniguados, ofendendo não um coleguinha de escola com uma bobaginha qualquer, mas ofendendo sim, mais de 190 milhões de brasileiros, na maioria honestos, trabalhadores e tementes a Deus. Assim essa ofensa é do tamanho do nosso país. Portanto Senhores Congressistas componentes das várias CPIs, CONSELHOS, LIDERANÇAS, ETC., façam justiça! Não deixem que sejamos roubados no que nos dá mais orgulho – nossa dignidade. Senhores Congressistas, o povo não está preocupado de onde sai tanto dinheiro, ou para onde ele vai. Até porque isso não vai fazer diferença no nosso dia-a-dia. O povo está preocupado, sim, com a nossa história. Não queremos passar para os anais da História como o país da corrupção, da desfaçatez e da impunidade.
Oxalá pudéssemos, no próximo setembro, estar com a espada da esperança no alto e não tendo que ficar apenas na espera da sorte. Que possamos ser realmente senhores do nosso destino, com democracia plena e cidadania de fato. Que não tenhamos que optar, como tem sido até agora, entre (in)dependência ou sorte.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
A propósito da famigerada data que comemoramos , cabe-nos , se não o dever, o direito de exprimir algumas considerações.
Há exatos 187 anos, um príncipe, imbuído de exacerbado ufanismo e tendo o nobre orgulho ferido, disse uma frase: INDEPENDÊNCIA OU MORTE.
Hoje, diante de tudo que presenciamos no cenário nacional, parece-nos que optamos pela morte. Infelizmente uma morte lenta e gradual, pois em doses homeopáticas nossos governantes desde aqueles idos tempos, têm nos administrado o terrível veneno do desprezo. Pois vejamos: querem maior desprezo do que decretar a pena de morte a alguém sem julgamento e depois esquartejar seu corpo e espalhar as partes pelas estradas? Ou seqüestrar um cidadão qualquer – exemplo, um jornalista – depois matá-lo e simular um suicídio na prisão? Ou ainda brincar com o salário mínimo de espicha–encolhe? O parco e sagrado recurso que têm os menos favorecidos para sobreviver? E o veneno mais forte ainda, o de julgar estultos a todos nós, nos brindando com bate-bocas em momento e lugar em que deveriam estar cuidando de nossos interesses, ou ainda vindo à televisão e afirmando coisas que são no dia seguinte, ou até antes, comprovadamente mentiras?
Como brasileiro sinto-me traído e ofendido, o que acredito acontecer com todo cidadão de bem desse país. Como penso que a ofensa se mede pela pessoa ofendida, essa ofensa é brutal. Pois os nossos representantes, aqueles que deveriam defender com todas as forças nossa independência, o fazem sim, mas apenas para si mesmos e para seus apaniguados, ofendendo não um coleguinha de escola com uma bobaginha qualquer, mas ofendendo sim, mais de 190 milhões de brasileiros, na maioria honestos, trabalhadores e tementes a Deus. Assim essa ofensa é do tamanho do nosso país. Portanto Senhores Congressistas componentes das várias CPIs, CONSELHOS, LIDERANÇAS, ETC., façam justiça! Não deixem que sejamos roubados no que nos dá mais orgulho – nossa dignidade. Senhores Congressistas, o povo não está preocupado de onde sai tanto dinheiro, ou para onde ele vai. Até porque isso não vai fazer diferença no nosso dia-a-dia. O povo está preocupado, sim, com a nossa história. Não queremos passar para os anais da História como o país da corrupção, da desfaçatez e da impunidade.
Oxalá pudéssemos, no próximo setembro, estar com a espada da esperança no alto e não tendo que ficar apenas na espera da sorte. Que possamos ser realmente senhores do nosso destino, com democracia plena e cidadania de fato. Que não tenhamos que optar, como tem sido até agora, entre (in)dependência ou sorte.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
28 de agosto de 2009
O Homem e a Natureza
Desde que o homem apareceu na face da terra, aproximadamente há um milhão de anos, que ele vem tendo com a natureza uma relação direta. Podemos até imaginar uma fórmula simples que nos mostra pedagogicamente essa relação. Seria: H < N ; H = N ; H > N e H ? N, onde o H representa o homem e o N a natureza. Pois bem, no início da pré-história, o homem era menor que a natureza, (H < N) ou seja, sofria com as agruras do tempo. O frio o castigava, as tempestades o apavorava e os animais o devorava. Depois o homem equipara-se a natureza, (H = N). Se identifica com ela e vive em harmonia. Para se livrar das tempestades, abriga-se nas cavernas, para amenizar o frio, faz fogueiras, para se alimentar colhe frutos e já abate animais. Sua preocupação única era sobreviver. Em seguida usando sua inteligência e habilidades passa a dominar a natureza, (H > N). Aí sim, resolve com técnicas e invenções muitos dos problemas que o afligia. Consegue colheitas mais abundantes, supera as dificuldades com as intempéries usando as mais sofisticadas invenções e até encurta as distâncias, perfurando montanhas, construindo navios e aviões. Controla a natureza, inclusive fazendo chover.
Hoje, porém, sabemos que essa relação do homem com a natureza é agressiva, é altamente prejudicial a ela e a nós. O modelo de civilização adotado é altamente danoso ao meio ambiente. Ao procurar facilidades e conforto o homem abre mão de uma vida mais natural, principalmente com relação à alimentação. Ao preferir o automóvel, o homem não caminha. Ao preferir o fast-food, não dá ao seu organismo o tempo e a oportunidade de uma digestão completa e satisfatória. Ao preferir a televisão, nega-se a si mesmo, a opção da reflexão. Da meditação. Hoje, desde a infância, tudo nos chega pronto. A criança não constrói mais seus brinquedos, a comida é encontrada pronta e o pensamento já nos chega ruminado pela telinha. Hoje consideramos, com muita propriedade, o último item da fórmula: H ? N. O homem se encontra perdido diante da natureza. Não sabe o que fazer para, pelo menos, minimizar os efeitos terríveis causados pelas respostas da natureza a séculos de agressões provocadas pelo homem.
No entanto, é sempre bom lembrar, que as ações daníficas do homem contra a natureza, não são frutos de ignorância ou incapacidades. São sim falta de boa vontade, especialmente política, de nossos administradores públicos. Acrescendo-se a isso uma forte dose de ganância, de egoísmo e de falta de urbanismo por parte de muitos capitalistas que, que por “n” razões, tem em suas mãos o destino de fortunas consideráveis no mundo.
Mais uma vez, venho bater na velha tecla, que ao meu ver, é a única opção para a médio prazo, salvar as futuras gerações de uma catástrofe: a educação. Colocarmos na cabeça de nossas crianças que a água, a terra, o ar, as árvores são sinônimo de vida. Que se destruirmos esses elementos, estaremos destruindo a nós mesmos. Ou veremos concretizar as previsões de São João no seu livro canônico – Apocalipse.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
Hoje, porém, sabemos que essa relação do homem com a natureza é agressiva, é altamente prejudicial a ela e a nós. O modelo de civilização adotado é altamente danoso ao meio ambiente. Ao procurar facilidades e conforto o homem abre mão de uma vida mais natural, principalmente com relação à alimentação. Ao preferir o automóvel, o homem não caminha. Ao preferir o fast-food, não dá ao seu organismo o tempo e a oportunidade de uma digestão completa e satisfatória. Ao preferir a televisão, nega-se a si mesmo, a opção da reflexão. Da meditação. Hoje, desde a infância, tudo nos chega pronto. A criança não constrói mais seus brinquedos, a comida é encontrada pronta e o pensamento já nos chega ruminado pela telinha. Hoje consideramos, com muita propriedade, o último item da fórmula: H ? N. O homem se encontra perdido diante da natureza. Não sabe o que fazer para, pelo menos, minimizar os efeitos terríveis causados pelas respostas da natureza a séculos de agressões provocadas pelo homem.
No entanto, é sempre bom lembrar, que as ações daníficas do homem contra a natureza, não são frutos de ignorância ou incapacidades. São sim falta de boa vontade, especialmente política, de nossos administradores públicos. Acrescendo-se a isso uma forte dose de ganância, de egoísmo e de falta de urbanismo por parte de muitos capitalistas que, que por “n” razões, tem em suas mãos o destino de fortunas consideráveis no mundo.
Mais uma vez, venho bater na velha tecla, que ao meu ver, é a única opção para a médio prazo, salvar as futuras gerações de uma catástrofe: a educação. Colocarmos na cabeça de nossas crianças que a água, a terra, o ar, as árvores são sinônimo de vida. Que se destruirmos esses elementos, estaremos destruindo a nós mesmos. Ou veremos concretizar as previsões de São João no seu livro canônico – Apocalipse.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
17 de agosto de 2009
Hipocrisia Crônica
Seria realmente cômico, se não fosse trágico, o que o circo de Brasília tem apresentado, cada vez com maior eficiência e explicitação, ao seu (des)respeitado público. Como se já não bastasse o degladiar de meritíssimos no supremo, somos obrigados agora a assistir cenas típicas de colegiais no recreio escolar. Vergonhosa manifestação patrocinada pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Tasso Jereissatti (PSDB-CE) que travaram um agressivo e tumultuado bate-boca no plenário da Casa no fim da tarde do dia 06/08/2009, com direito a palavras de baixo calão, levando inclusive a interrupção temporária da Sessão.
Mas o que nos deixa perplexos e inconformados, é que a grande maioria dos nossos congressistas, age como se fossem limpos, imaculados. Cada um julga seu par/adversário um corrupto, quando sabemos que os confiáveis naquele picadeiro podem ser contados nos dedos de uma mão.
O que ocorre na verdade, é que protegidos pelo manto sagrado da imunidade parlamentar, nossos representantes abusam de seus poderes e defendem seus interesses particulares sem o menor escrúpulo. Dão sempre a impressão de que estão lutando pelo bem comum, já nem se importando com o fato de parecer ser, pois já se acostumaram com o cinismo. A hipocrisia, que, em se tornando crônica, criou uma carcaça tal que os deixam inatingíveis pelas críticas. Sejam da mídia em geral, sejam de seus eleitores.
Ao chegarmos nesse estado de coisas, deve-se questionar a democracia-governo do povo. Como o nosso povo está gerindo seu destino? A vontade da maioria da população está sendo respeitada? Ou a de um grupo seleto que finge legislar para todos. E o que mais nos deixa indignados é que nessa comédia do poder, trocam-se os personagens, mas o cenário e o enredo continuam os mesmos.
Penso que muita coisa em nossa democracia precisa ser repensada. Desde o sistema político eletivo até a distribuição de renda passando pela equivalência dos três poderes. Por exemplo, pergunto: o que mudaria para melhor na vida de um cidadão, se na Câmara Municipal de seu município tivesse mais dois, cinco ou dez vereadores? (PEC 20/2008). O que se espera da democracia é uma genuína representatividade popular e não a centralização e manipulação do poder por poucos.
Quantos anos mais, quantas eleições devem acontecer para que nosso quadro político-institucional amadureça e corresponda a nossas expectativas? Até quando nossos políticos vão menosprezar nossa inteligência?
Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?...
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
Mas o que nos deixa perplexos e inconformados, é que a grande maioria dos nossos congressistas, age como se fossem limpos, imaculados. Cada um julga seu par/adversário um corrupto, quando sabemos que os confiáveis naquele picadeiro podem ser contados nos dedos de uma mão.
O que ocorre na verdade, é que protegidos pelo manto sagrado da imunidade parlamentar, nossos representantes abusam de seus poderes e defendem seus interesses particulares sem o menor escrúpulo. Dão sempre a impressão de que estão lutando pelo bem comum, já nem se importando com o fato de parecer ser, pois já se acostumaram com o cinismo. A hipocrisia, que, em se tornando crônica, criou uma carcaça tal que os deixam inatingíveis pelas críticas. Sejam da mídia em geral, sejam de seus eleitores.
Ao chegarmos nesse estado de coisas, deve-se questionar a democracia-governo do povo. Como o nosso povo está gerindo seu destino? A vontade da maioria da população está sendo respeitada? Ou a de um grupo seleto que finge legislar para todos. E o que mais nos deixa indignados é que nessa comédia do poder, trocam-se os personagens, mas o cenário e o enredo continuam os mesmos.
Penso que muita coisa em nossa democracia precisa ser repensada. Desde o sistema político eletivo até a distribuição de renda passando pela equivalência dos três poderes. Por exemplo, pergunto: o que mudaria para melhor na vida de um cidadão, se na Câmara Municipal de seu município tivesse mais dois, cinco ou dez vereadores? (PEC 20/2008). O que se espera da democracia é uma genuína representatividade popular e não a centralização e manipulação do poder por poucos.
Quantos anos mais, quantas eleições devem acontecer para que nosso quadro político-institucional amadureça e corresponda a nossas expectativas? Até quando nossos políticos vão menosprezar nossa inteligência?
Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?...
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
8 de agosto de 2009
Ecumenismo
Às vezes me pego pensando por que existem tantos credos religiosos, se existe apenas um Deus. Se a verdade deixada por Jesus é tão simples. “ O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (João 15:12) Por que tantos caminhos diferentes se queremos chegar a um mesmo ponto? Por que tantos movimentos, encontros, conferências buscando essa unificação e cada vez mais proliferam-se tendências religiosas diferentes? O que está faltando? Seria humildade? Em muitos casos sabemos que, inescrupulosos, embalados pela ganância, se aproveitam da boa fé de pessoas humildes para se enriquecer ilicitamente. Acredito até que em alguns setores existe o que poderíamos chamar de arrogância religiosa. Pessoas que tem um cargo ou função religiosa e se julgam donos da verdade. Se esquecem que a autoridade é alicerçada no respeito e na responsabilidade e não na vaidade. Responsabilidade essa que o levará a atender a todos os que o procurem indistintamente. Respeito esse que o levará aceitar as diferenças do outro. Se esquecem que o verdadeiro amor se embasa na sabedoria e não na inteligência. E sabedoria é entender que cada um de nós tivemos uma história de vida diferente, portanto reagimos diferentemente em relação ao mundo que nos cerca. Alem disso devemos nos lembrar que todos nós pertencemos a uma mesma raça – a humana. Somos iguais no princípio e no fim. Isso é o que importa. Portanto as diferenças de cor, credo, tendências políticas, ideológicas, sexuais, são detalhes que não devem ser motivos para sustentar ódios, rancores e guerras. E sabemos que, ainda hoje, muitos matam em nome de Deus.
Assim sendo, porque não nos unirmos em torno do único e verdadeiro Deus, respeitando as pequenas diferenças de cada um e comungando um mesmo ideal religioso – sermos felizes. Não foi para isso que fomos criados?
Etimologicamente, a palavra ecumenismo vem do grego. Se buscarmos na Wikipédia encontraremos o seguinte: Ecumenismo (ou eucumenismo) é o processo de busca da unidade. O termo provém da palavra grega "oikos" (casa), designando "toda a terra habitada". Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato, pode designar a busca da unidade entre as religiões ou, mesmo, da humanidade. Neste último sentido, emprega-se também o termo "macro-ecumenismo". Surgiu na Conferência Missionária Mundial, em Edimburgo, em 1910, que resultou em dois congressos posteriores, em Estocolmo, em 1925 e Oxford em 1939.
Que bom seria se conseguíssemos absorver esse último sentido do termo e em tempo de globalização econômica, globalizássemos também o bem estar. A dignidade existencial, o prazer de viver, a felicidade.
Que tal resgatarmos o grande humanista Thomas More e acreditarmos na utopia ?
Sonhar só faz bem.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
Assim sendo, porque não nos unirmos em torno do único e verdadeiro Deus, respeitando as pequenas diferenças de cada um e comungando um mesmo ideal religioso – sermos felizes. Não foi para isso que fomos criados?
Etimologicamente, a palavra ecumenismo vem do grego. Se buscarmos na Wikipédia encontraremos o seguinte: Ecumenismo (ou eucumenismo) é o processo de busca da unidade. O termo provém da palavra grega "oikos" (casa), designando "toda a terra habitada". Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato, pode designar a busca da unidade entre as religiões ou, mesmo, da humanidade. Neste último sentido, emprega-se também o termo "macro-ecumenismo". Surgiu na Conferência Missionária Mundial, em Edimburgo, em 1910, que resultou em dois congressos posteriores, em Estocolmo, em 1925 e Oxford em 1939.
Que bom seria se conseguíssemos absorver esse último sentido do termo e em tempo de globalização econômica, globalizássemos também o bem estar. A dignidade existencial, o prazer de viver, a felicidade.
Que tal resgatarmos o grande humanista Thomas More e acreditarmos na utopia ?
Sonhar só faz bem.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
6 de agosto de 2009
Duas histórias diferentes e um final surpreendente
Muitos anos atrás, Al Capone possuía virtualmente Chicago.
Capone não era famoso por nenhum ato heróico.
Ele era notório por empastar a cidade com tudo relativo a contrabando, bebida, prostituição e assassinatos.
Capone tinha um advogado apelidado 'Easy Eddie'. Era o seu advogado por um excelente motivo. Eddie era muito bom!
Na realidade, sua habilidade, manobrando no cipoal legal, manteve Al Capone fora da prisão por muito tempo.
Para mostrar seu apreço, Capone lhe pagava muito bem.
Não só o dinheiro era grande, como Eddie também tinha vantagens especiais.
Por exemplo, ele e a família moravam em uma mansão protegida, com todas as conveniências possíveis.
A propriedade era tão grande que ocupava um quarteirão inteiro em Chicago. Eddie vivia a vida da alta roda de Chicago, mostrando pouca preocupação com as atrocidades que ocorriam à sua volta.
No entanto, Easy Eddie tinha um ponto fraco.
Ele tinha um filho que amava afetuosamente. Eddie cuidava que seu jovem filho tivesse o melhor de tudo: roupas, carros e uma excelente educação.
Nada era poupado. Preço não era objeção. E, apesar do seu envolvimento com o crime organizado, Eddie tentou lhe ensinar o que era certo e o que era errado.
Eddie queria que seu filho se tornasse um homem melhor que ele.
Mesmo assim, com toda a sua riqueza e influência, havia duas coisas que ele não podia dar ao filho: ele não podia transmitir-lhe um nome bom ou um bom exemplo.
Um dia, o Easy Eddie chegou a uma decisão difícil.
Easy Eddie tentou corrigir as injustiças de que tinha participado.
Ele decidiu que iria às autoridades e contaria a verdade sobre Al 'Scarface' Capone, limpando o seu nome manchado e oferecendo ao filho alguma semelhança de integridade.
Para fazer isto, ele teria que testemunhar contra a quadrilha, e sabia que o preço seria muito alto.
Ainda assim, ele testemunhou.
Em um ano, a vida de Easy Eddie terminou em um tiroteio em uma rua de Chicago.
Mas aos olhos dele, ele tinha dado ao filho o maior presente que poderia oferecer, ao maior preço que poderia pagar.
A polícia recolheu em seus bolsos um rosário, um crucifixo, uma medalha religiosa e um poema, recortado de uma revista.
O poema:
'O relógio de vida recebe corda apenas uma vez.
E nenhum homem tem o poder de decidir quando os ponteiros pararão, se mais cedo ou mais tarde.
Agora é o único tempo que você possui.
Viva, ame e trabalhe com vontade.
Não ponha nenhuma esperança no tempo, pois o relógio pode parar a qualquer momento.'
(CONTINUEM LENDO)
HISTÓRIA NÚMERO DOIS
A Segunda Guerra Mundial produziu muitos heróis.
Um deles foi o Comandante Butch O'Hare.
Ele era um piloto de caça, operando no porta-aviões Lexington, no Pacífico Sul.
Um dia, o seu esquadrão foi enviado em uma missão.
Quando já estavam voando, ele notou pelo medidor de combustível que alguém tinha esquecido de encher os tanques.
Ele não teria combustível suficiente para completar a missão e retornar ao navio.
O líder do vôo o instruiu a voltar ao porta-aviões.
Relutantemente, ele saiu da formação e iniciou a volta à frota.
Quando estava voltando ao navio-mãe viu algo que fez seu sangue gelar: um esquadrão de aviões japoneses voava na direção da frota americana.
Com os caças americanos afastados da frota, ela ficaria indefesa ao ataque.
Ele não podia alcançar seu esquadrão nem avisar a frota da aproximação do perigo.
Havia apenas uma coisa a fazer.
Ele teria que desviá-los da frota de alguma maneira.
Afastando todos os pensamentos sobre a sua segurança pessoal, ele mergulhou sobre a formação de aviões japoneses.
Seus canhões de calibre 50, montados nas asas, disparavam enquanto ele atacava um surpreso avião inimigo e em seguida outro.
Butch costurou dentro e fora da formação, agora rompida e incendiou tantos aviões quanto possível, até que sua munição finalmente acabou.
Ainda assim, ele continuou a agressão.
Mergulhava na direção dos aviões, tentando destruir e danificar tantos aviões inimigos quanto possível, tornando-os impróprios para voar.
Finalmente, o exasperado esquadrão japonês partiu em outra direção.
Profundamente aliviado, Butch O'Hare e o seu avião danificado se dirigiram para o porta-aviões.
Logo à sua chegada ele informou seus superiores sobre o acontecido.
O filme da máquina fotográfica montada no avião contou a história com detalhes.
Mostrou a extensão da ousadia de Butch em atacar o esquadrão japonês para proteger a frota.
Na realidade, ele tinha destruído cinco aeronaves inimigas.
Isto ocorreu no dia 20 de fevereiro de 1942, e por aquela ação Butch se tornou o primeiro Ás da Marinha na 2ª Guerra Mundial, e o primeiro Aviador Naval a receber a Medalha Congressional de Honra.
No ano seguinte Butch morreu em combate aéreo com 29 anos de idade.
Sua cidade natal não permitiria que a memória deste herói da 2ª Guerra desaparecesse, e hoje, o Aeroporto O'Hare, o principal de Chicago, tem esse nome em tributo à coragem deste grande homem.
Assim, se porventura você passar no O'Hare International, pense nele e vá ao Museu comemorativo sobre Butch, visitando sua estátua e a Medalha de Honra. Fica situado entre os Terminais 1 e 2.
O que têm estas duas histórias de comum entre elas?
Butch O'Hare era o filho de Easy Eddie.
Somos espelhos para nossos filhos! NÃO SE ESQUEÇA DISSO.
Capone não era famoso por nenhum ato heróico.
Ele era notório por empastar a cidade com tudo relativo a contrabando, bebida, prostituição e assassinatos.
Capone tinha um advogado apelidado 'Easy Eddie'. Era o seu advogado por um excelente motivo. Eddie era muito bom!
Na realidade, sua habilidade, manobrando no cipoal legal, manteve Al Capone fora da prisão por muito tempo.
Para mostrar seu apreço, Capone lhe pagava muito bem.
Não só o dinheiro era grande, como Eddie também tinha vantagens especiais.
Por exemplo, ele e a família moravam em uma mansão protegida, com todas as conveniências possíveis.
A propriedade era tão grande que ocupava um quarteirão inteiro em Chicago. Eddie vivia a vida da alta roda de Chicago, mostrando pouca preocupação com as atrocidades que ocorriam à sua volta.
No entanto, Easy Eddie tinha um ponto fraco.
Ele tinha um filho que amava afetuosamente. Eddie cuidava que seu jovem filho tivesse o melhor de tudo: roupas, carros e uma excelente educação.
Nada era poupado. Preço não era objeção. E, apesar do seu envolvimento com o crime organizado, Eddie tentou lhe ensinar o que era certo e o que era errado.
Eddie queria que seu filho se tornasse um homem melhor que ele.
Mesmo assim, com toda a sua riqueza e influência, havia duas coisas que ele não podia dar ao filho: ele não podia transmitir-lhe um nome bom ou um bom exemplo.
Um dia, o Easy Eddie chegou a uma decisão difícil.
Easy Eddie tentou corrigir as injustiças de que tinha participado.
Ele decidiu que iria às autoridades e contaria a verdade sobre Al 'Scarface' Capone, limpando o seu nome manchado e oferecendo ao filho alguma semelhança de integridade.
Para fazer isto, ele teria que testemunhar contra a quadrilha, e sabia que o preço seria muito alto.
Ainda assim, ele testemunhou.
Em um ano, a vida de Easy Eddie terminou em um tiroteio em uma rua de Chicago.
Mas aos olhos dele, ele tinha dado ao filho o maior presente que poderia oferecer, ao maior preço que poderia pagar.
A polícia recolheu em seus bolsos um rosário, um crucifixo, uma medalha religiosa e um poema, recortado de uma revista.
O poema:
'O relógio de vida recebe corda apenas uma vez.
E nenhum homem tem o poder de decidir quando os ponteiros pararão, se mais cedo ou mais tarde.
Agora é o único tempo que você possui.
Viva, ame e trabalhe com vontade.
Não ponha nenhuma esperança no tempo, pois o relógio pode parar a qualquer momento.'
(CONTINUEM LENDO)
HISTÓRIA NÚMERO DOIS
A Segunda Guerra Mundial produziu muitos heróis.
Um deles foi o Comandante Butch O'Hare.
Ele era um piloto de caça, operando no porta-aviões Lexington, no Pacífico Sul.
Um dia, o seu esquadrão foi enviado em uma missão.
Quando já estavam voando, ele notou pelo medidor de combustível que alguém tinha esquecido de encher os tanques.
Ele não teria combustível suficiente para completar a missão e retornar ao navio.
O líder do vôo o instruiu a voltar ao porta-aviões.
Relutantemente, ele saiu da formação e iniciou a volta à frota.
Quando estava voltando ao navio-mãe viu algo que fez seu sangue gelar: um esquadrão de aviões japoneses voava na direção da frota americana.
Com os caças americanos afastados da frota, ela ficaria indefesa ao ataque.
Ele não podia alcançar seu esquadrão nem avisar a frota da aproximação do perigo.
Havia apenas uma coisa a fazer.
Ele teria que desviá-los da frota de alguma maneira.
Afastando todos os pensamentos sobre a sua segurança pessoal, ele mergulhou sobre a formação de aviões japoneses.
Seus canhões de calibre 50, montados nas asas, disparavam enquanto ele atacava um surpreso avião inimigo e em seguida outro.
Butch costurou dentro e fora da formação, agora rompida e incendiou tantos aviões quanto possível, até que sua munição finalmente acabou.
Ainda assim, ele continuou a agressão.
Mergulhava na direção dos aviões, tentando destruir e danificar tantos aviões inimigos quanto possível, tornando-os impróprios para voar.
Finalmente, o exasperado esquadrão japonês partiu em outra direção.
Profundamente aliviado, Butch O'Hare e o seu avião danificado se dirigiram para o porta-aviões.
Logo à sua chegada ele informou seus superiores sobre o acontecido.
O filme da máquina fotográfica montada no avião contou a história com detalhes.
Mostrou a extensão da ousadia de Butch em atacar o esquadrão japonês para proteger a frota.
Na realidade, ele tinha destruído cinco aeronaves inimigas.
Isto ocorreu no dia 20 de fevereiro de 1942, e por aquela ação Butch se tornou o primeiro Ás da Marinha na 2ª Guerra Mundial, e o primeiro Aviador Naval a receber a Medalha Congressional de Honra.
No ano seguinte Butch morreu em combate aéreo com 29 anos de idade.
Sua cidade natal não permitiria que a memória deste herói da 2ª Guerra desaparecesse, e hoje, o Aeroporto O'Hare, o principal de Chicago, tem esse nome em tributo à coragem deste grande homem.
Assim, se porventura você passar no O'Hare International, pense nele e vá ao Museu comemorativo sobre Butch, visitando sua estátua e a Medalha de Honra. Fica situado entre os Terminais 1 e 2.
O que têm estas duas histórias de comum entre elas?
Butch O'Hare era o filho de Easy Eddie.
Somos espelhos para nossos filhos! NÃO SE ESQUEÇA DISSO.
Assinar:
Postagens (Atom)