22 de agosto de 2010

Egrégora

E G R É G O R A

As necessidades psicossociais do mundo atual nos faz lembrar esse vocábulo, egrégora, pouco conhecido, mas que com certeza se levado a sério pode nos ajudar a melhorar  muito nossa vida em comunidade.
Primeiramente tentemos defini-lo: egrégora é uma palavra de origem grega. É um conceito de pouco uso, tanto que não consta de dicionário. Vem do grego egregoroi que significa força, energia. Porém essa potencialização só seria possível pela união. Uma só pessoa jamais poderia criar uma egrégora. Ela só existe a partir da fusão de fluídos, vontades, desejos, intenções de mais de uma pessoa. Isso já é provado cientificamente para os crentes na ciência e espiritualmente para os imbuídos da fé cristã.
“Pois onde se acham dois ou três reunidos
em meu nome, aí estou eu no meio deles.”
Mateus 18:20.
Na ciência médica, por exemplo, há como medir essa energia através de uma técnica, criada talvez acidentalmente, por um técnico eletricista russo chamado Semyon Davidovich Kirlian, a chamada Kirliangrafia, ou, mais recentemente a bioeletrografia. (será melhor explicitada em outra crônica nesse mesmo trabalho). Com esse processo mede-se o que os especialistas chamam de aura.
Portanto todos nós possuímos essa energia, que é invisível, mas real e que em somatório com outras produz efeitos positivos ou negativos, benéficos ou danosos, dependendo do grau de consciência e controle do grupo originário dessa egrégora. É impossível nos livrar de sua influência. Podemos sim, controlá-la a partir do conhecimento de sua existência e da consciência de seu poder, porém jamais sozinhos, sempre em união com uma ou mais pessoas. O desconhecimento dessa força é muito prejudicial para uma comunidade. Carl Jung já caminhara nesse sentido trabalhando o que ele chama de “inconsciente coletivo”.
Devemos ter consciência também que todo grupamento humano, reunido com determinado objetivo é criador de sua egrégora. E como um ser vivo ela se alimenta da produção vital de seus criadores. Daí, se um grupo produz inveja, ódio, rancores, a egrégora desse grupo se fortalece cada vez mais com esse vitamínico fluído. Por isso é que se diz que violência gera violência. Por outro lado, se alimentarmos nossa egrégora da família, do clube, ou do trabalho, com amor, solidariedade, justiça, enfim, de intenções saudáveis, ela tenderá a nos induzir a continuarmos cada vez mais fortalecidos desses sentimentos.
Outro aspecto importante nesse estudo é termos conhecimento da incompatibilidade das egrégoras. As semelhantes são incompatíveis. Por exemplo: um homem pode ter uma egrégora de família, outra de time de futebol, outra de igreja, etc. Porém não daria certo para esse mesmo homem alimentar as egrégoras de duas famílias, dois times ou duas religiões.
Concluindo, podemos entender que seria relativamente fácil conduzir a humanidade para um caminho de menos violência, mais harmonia e paz.  O difícil é que não podemos fazer isso sozinhos. Dependemos do outro. Precisamos uns dos outros para criarmos nosso ambiente saudável e benéfico. Mas termos consciência disso já é o primeiro passo.
Caminhemos...

José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com

2 comentários:

  1. Warren Bennis, Autor Norte-Americano, certa vez disse: “Nenhum de nós é tão inteligente quanto todos nós juntos.”

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  2. Olá, Gostei muito dessa postagem explicando sobre a Egregora, principalmente sobre o aspecto que é produzido, tanto no positivo, quanto no negativo, bem exclarecedor. Valeu!
    Um forte abraço!

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