15 de março de 2010
Biografia de Paulo Coelho: O Mago
Terminei recentemente de escutar a biografia de Paulo Coelho escrita por Fernando Morais. Foram várias viagens para completar toda a audição. Gostei do livro. Já tinha lido bastante Paulo Coelho mas faziam alguns anos que não lia nada novo do escritor. De qualquer maneira o livro mostra como nasceu o escritor Paulo Coelho e como cada evento de sua juventude e idade adulta corroboraram para torná-lo no fenômeno editorial que hoje é.
Mostra também diversos episódios na vida do autor que influenciaram suas obras, como por exemplo quando o autor percorreu o caminho de Santiago.
Bom, logo depois que concluí o livro me lembrei que há alguns anos havíamos encontrado na internet algumas frases retiradas de livros do autor e as disponibilizamos na Internet. Existe inclusive um serviço para recebimento destas frases por email gratuitamente.
Cadastre-se para recebê-las!
12 de março de 2010
Hora do Planeta 2010
Existe uma campanha interessante para no dia 27 de março apagar todas as luzes por 60 minutos (20:30-21:30) como forma de protesto ao aquecimento global. Participe divulgando também essa proposta.
10 de março de 2010
Eu gostava do MS-DOS
Comecei a utilizar computadores em 1989 aproximadamente quando tive contato com os computadores MSX da Gradiente. Era interessante utilizar códigos Basic para desenvolver programinhas e joguinhos bem simples apenas fazê-los depois funcionar na tela da televisão ou em um antigo monitor. Era época de se usar CLoad e CSave para gravar os dados em fitas K7 através de um gravador ligado ao micro.
Já em 1990 comecei a fazer um curso de informática na Cedeminas Informática, que funcionava no terceiro andar do edifício Ituiutaba em Ituiutaba-MG. Fizemos 1 mês só de aulas teóricas pois os computadores ainda não tinham chegado de São Paulo. Ainda me lembro da primeira vez que liguei o PC-XT e o vi contar de 0 a 640Kb de memória pelo monitor de fósforo verde de 12 polegadas. Não usávamos HD (winchester como era mais conhecido!) e tínhamos os drives A e B para poder trabalhar com o sistema.
Aliás o sistema operacional era o MS-DOS versão 3.3, o qual levava um tempinho para ligar e depois nos deixava ali de cara com um "A>" na tela piscando nos desafiando a conversar com ele. Pois é, os primeiros comandos, os curingas para tratamento de arquivos e os temidos comandos "internos" e "externos". Isso sem contar nos arquivos em lote, no config.sys e o edlin. Não, não se usava mouse. Não, não haviam ícones na tela. Não, eu não tinha um pendrive.
Para se usar outro programa qualquer a saída era trocar de disquetes (que eram de 5,25 polegadas) e executar o outro software. O editor de textos era o Fácil 5.0 que possuía proteção contra cópias exigindo um disquete original em cada máquina. A planilha eletrônica era o Lotus 1-2-3 que você executava digitando 123 no prompt de comando (Isso, prompt era o nome do "A>" na tela). Fazíamos planilhas incríveis somente no modo texto. Aliás as funções de planilha evoluíram bastante hoje, mas já naquela época utilizávamos funções equivalentes ao SOMA ou PROCV do Excel. E a divisão em linhas e colunas utilizada hoje também já existia ali.
Eu gostava do MS-DOS. É claro que pilhas e pilhas de disquetes (ordenadamente dispostos em uma "disqueteira") davam um pouco de trabalho quando precisávamos achar um programa específico mas também parte da diversão era justamente catalogar tudo, escrever nas etiquetas e tomar cuidado para não dobrar os discos.
Os primeiros passos nas linguagens de programação depois das parcas vezes que usei um MSX foram dados no gwbasic, dbase III Plus e por fim Clipper. Foi aí que me interessei por programação pra valer! O famoso "livro com a capa do navio" do Ramalho era meu companheiro para aprender os comandos do clipper versão Summer 87 nos quase 5 minutos de compilação e linkedição antes que o programa pudesse ser executado.
Adaptação e evolução. Era isso que fazíamos: nos adaptar. Criar discos na (pequena!) memória RAM do equipamento através do ramdrive.sys e ali armazenar o command.com para não ter que voltar o disco de sistema quando se saia de qualquer programa. Utilizar o SideKick para tentar burlar a característica mono-tarefa (Era Ctrl+Alt para ativar não era?)
Eram bons tempos. Já imaginou se hoje você fosse capaz de executar um único programa de cada vez em seu computador? A trivial multitarefa que te permite mudar tudo com um Alt+Tab de hoje ainda não existia. E me responda, você hoje teria um computador em casa se não houvesse internet? Não havia Internet e mesmo assim passávamos horas e horas estudando, testando programas da caixa de disquetes que pegamos emprestado e... jogando!
Prince of Persia era o jogo do momento. Movimentos reais, gráficos de última geração, música através do alto-falante do micro e MUITA diversão.
E sabe porque valeu a pena ter passado por tudo isso? Acho que alicerces para tudo que temos hoje nessa área.
Hoje a maior parte dos profissionais de informática com quem converso começaram a utilizar computadores com mouse e monitor colorido. Excelentes profissionais sem dúvida mas não viveram isso... humm deixa isso pra lá. Tô ficando velho.
Já em 1990 comecei a fazer um curso de informática na Cedeminas Informática, que funcionava no terceiro andar do edifício Ituiutaba em Ituiutaba-MG. Fizemos 1 mês só de aulas teóricas pois os computadores ainda não tinham chegado de São Paulo. Ainda me lembro da primeira vez que liguei o PC-XT e o vi contar de 0 a 640Kb de memória pelo monitor de fósforo verde de 12 polegadas. Não usávamos HD (winchester como era mais conhecido!) e tínhamos os drives A e B para poder trabalhar com o sistema.
Aliás o sistema operacional era o MS-DOS versão 3.3, o qual levava um tempinho para ligar e depois nos deixava ali de cara com um "A>" na tela piscando nos desafiando a conversar com ele. Pois é, os primeiros comandos, os curingas para tratamento de arquivos e os temidos comandos "internos" e "externos". Isso sem contar nos arquivos em lote, no config.sys e o edlin. Não, não se usava mouse. Não, não haviam ícones na tela. Não, eu não tinha um pendrive.
Para se usar outro programa qualquer a saída era trocar de disquetes (que eram de 5,25 polegadas) e executar o outro software. O editor de textos era o Fácil 5.0 que possuía proteção contra cópias exigindo um disquete original em cada máquina. A planilha eletrônica era o Lotus 1-2-3 que você executava digitando 123 no prompt de comando (Isso, prompt era o nome do "A>" na tela). Fazíamos planilhas incríveis somente no modo texto. Aliás as funções de planilha evoluíram bastante hoje, mas já naquela época utilizávamos funções equivalentes ao SOMA ou PROCV do Excel. E a divisão em linhas e colunas utilizada hoje também já existia ali.
Eu gostava do MS-DOS. É claro que pilhas e pilhas de disquetes (ordenadamente dispostos em uma "disqueteira") davam um pouco de trabalho quando precisávamos achar um programa específico mas também parte da diversão era justamente catalogar tudo, escrever nas etiquetas e tomar cuidado para não dobrar os discos.
Os primeiros passos nas linguagens de programação depois das parcas vezes que usei um MSX foram dados no gwbasic, dbase III Plus e por fim Clipper. Foi aí que me interessei por programação pra valer! O famoso "livro com a capa do navio" do Ramalho era meu companheiro para aprender os comandos do clipper versão Summer 87 nos quase 5 minutos de compilação e linkedição antes que o programa pudesse ser executado.
Adaptação e evolução. Era isso que fazíamos: nos adaptar. Criar discos na (pequena!) memória RAM do equipamento através do ramdrive.sys e ali armazenar o command.com para não ter que voltar o disco de sistema quando se saia de qualquer programa. Utilizar o SideKick para tentar burlar a característica mono-tarefa (Era Ctrl+Alt para ativar não era?)
Eram bons tempos. Já imaginou se hoje você fosse capaz de executar um único programa de cada vez em seu computador? A trivial multitarefa que te permite mudar tudo com um Alt+Tab de hoje ainda não existia. E me responda, você hoje teria um computador em casa se não houvesse internet? Não havia Internet e mesmo assim passávamos horas e horas estudando, testando programas da caixa de disquetes que pegamos emprestado e... jogando!
(nem no google images achei foto do Prince monocromático)
Prince of Persia era o jogo do momento. Movimentos reais, gráficos de última geração, música através do alto-falante do micro e MUITA diversão.
E sabe porque valeu a pena ter passado por tudo isso? Acho que alicerces para tudo que temos hoje nessa área.
Hoje a maior parte dos profissionais de informática com quem converso começaram a utilizar computadores com mouse e monitor colorido. Excelentes profissionais sem dúvida mas não viveram isso... humm deixa isso pra lá. Tô ficando velho.
28 dicas para escrever melhor
Há muito tempo atrás eu tinha lido um excelente texto com dicas de como escrever melhor. Nunca me esqueci de um trecho deste texto onde se fala:
Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá- las-ei!"
Por coincidência descobri esse texto no blog Análise de Textos, blog que encontrei ao pesquisar sobre o que mais os seguidores do baciotti.com lêem.
O blog contém muitas dicas de português sem ser maçante e nos ajuda a coibir os pequenos erros que todos nós cometemos.
Não sei quem é o autor desse texto, mas caso alguém saiba me informe que já atualizo.
Bom, seguem as dicas:
- Vc. deve evitar abre., etc.
- Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado, segundo deve ser do conhecimento inexorável dos copidesques. Tal prática advém de esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico.
- Anule aliterações altamente abusivas.
- "não esqueça das maiúsculas", como já dizia dona loreta, minha professora lá no colégio alexandre de gusmão, no ipiranga.
- Evite lugares-comuns assim como o diabo foge da cruz.
- O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
- Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
- Chute o balde no emprego de gíria, mesmo que sejam maneiras, tá ligado?
- Palavras de baixo calão podem transformar seu texto numa merda.
- Nunca generalize: generalizar, em todas as situações, sempre é um erro.
- Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
- Não abuse das citações. Como costuma dizer meu amigo: "Quem cita os outros não tem idéias próprias".
- Frases incompletas podem causar
- Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não fique repetindo a mesma idéia.
- Seja mais ou menos específico.
- Frases com apenas uma palavra? Jamais!
- Em escrevendo, não se esqueça de estar evitando o gerúndio.
- A voz passiva deve ser evitada.
- Use a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém sabe mais usar o sinal de interrogação
- Quem precisa de perguntas retóricas?
- Conforme recomenda a A.G.O.P., nunca use siglas desconhecidas.
- Exagerar é cem bilhões de vezes pior do que a moderação.
- Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá- las-ei!"
- Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
- Não abuse das exclamações! Nunca! Seu texto fica horrível!
- Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da idéia contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçando, desta forma, o pobre leitor a separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
- Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língüa portuguêza.
- Seja incisivo e coerente, ou não.
E você? Tem mais alguma sugestão? ;-)
9 de março de 2010
Para que tornar-se um seguidor do site?
Seguindo a tendência do twitter o google possui o recurso de SEGUIR um site, tornando-os verdadeiras comunidades.
Mesmo que você não tenha uma conta no Google, através do recurso de OpenID você pode começar a seguir esse site ou qualquer outro fazendo o login com sua senha do Twitter, Yahoo ou outros!
Nenhum site guarda sua senha ou qualquer outra informação. Você apenas faz seu login para se tornar um seguidor!
Teste agora! Basta clicar no botão SEGUIR que está do lado direito do blog.
Se você já estiver logado em seu email, por exemplo, não será nem mesmo necessário digitar a senha.
Mesmo que você não tenha uma conta no Google, através do recurso de OpenID você pode começar a seguir esse site ou qualquer outro fazendo o login com sua senha do Twitter, Yahoo ou outros!
Nenhum site guarda sua senha ou qualquer outra informação. Você apenas faz seu login para se tornar um seguidor!
Teste agora! Basta clicar no botão SEGUIR que está do lado direito do blog.
Se você já estiver logado em seu email, por exemplo, não será nem mesmo necessário digitar a senha.
7 de março de 2010
Videotice aguda
VIDEOTICE AGUDA
Hoje, o meu intuito ao escrever, é principalmente para externar minha consciência sobre a tentativa da TV (leia-se Globo), em subestimar demasiadamente minha inteligência. Pois é isso que essa rede de televisão está fazendo quando submete o telespectador a alguns programas de tão ínfimo conteúdo. Detenhamos, por exemplo, no famigerado BBB (Big Brother Brasil). Cenas com 100% de futilidades, inversão de valores e degradação moral em horário nobre de programação. E ainda está sendo muito bem paga para isso, pois segundo contas feitas por José Neumani -Jovem Pan, a cada paredão a emissora embolsa, só com os telefonemas dos telespectadores, mais de 8 milhões de reais. E lá estão nossos heróis, segundo Bial, sofrendo horrores dentro daquela singela casa. Segundo ele mesmo prometeu aos telespectadores: “um zoológico humano divertido”. O que ganhamos, por exemplo, ao assistirmos cenas de bate-boca por intermináveis minutos, com direito inclusive a palavras de baixo calão? E o que dizer das cenas de nudismo patrocinadas por elementos de variadas tendências sexuais? Que serviço essa emissora está prestando a população com tal programa? É necessário ver isso para entender o comportamento humano? Se dermos uma olhadinha nas novelas então, fica patente a troca da regra pela exceção. A tal da Viver a Vida, por exemplo, é uma verdadeira apologia a infidelidade. Pelo raciocínio do novelista, fica a impressão de que a poligamia é natural, aceita sem espanto por todos. Daqui a pouco torna-se regra em nossa sociedade. Criticamos tanto a violência ao nosso redor, mas grande parte do que a mídia mostra em sua programação jornalística, noticiosa e mesmo humorística está eivada de cenas violentas. É um incentivo, um estímulo a conquista pela força. Isso tudo parece até que nos anestesia, frente aos horrores da violência e acabamos por achar natural, por exemplo, uma turba enfurecida de torcedores fazerem da cabeça de um adversário, a própria bola.
Essa videomania, na verdade embota nossas mentes e nos tira a oportunidade de pensar, nos rouba a chance da reflexão. Quando não nos tira também o espaço para um dialogo com a família.
Pessoas com capacidade intelectual e consciência crítica formada, naturalmente consegue filtrar esses impulsos. E ninguém lhes tira o direito de assistirem na televisão o que quiserem, mas mentes despreparadas, principalmente crianças e adolescentes, acabam tomando a mentira pela verdade, o errado pelo certo, o iníquo pela equidade. Assim sendo, somos obrigados a concordar com o Rui: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
Que Deus nos ilumine a todos, aos pais para exemplificarem-se a seus filhos, aos professores para abrirem as mentes de nossa juventude, às autoridades religiosas para conseguirem colocar cada vez mais verdades sólidas no coração das pessoas.
Que possamos, aos poucos, encontrar uma vacina contra esse terrível mal que ataca o raciocínio de nossa juventude, impedindo-os de diferir o bem do mal. Para que tenham forças para quererem o indispensável em detrimento do supérfluo, valorizar a solidez do amor e abandonar a insensatez do ódio, suprir-se de satisfação com o suficiente invés da ganância desenfreada, e principalmente lutar com todas as forças pela paz no universo, cavando profundas masmorras à estupidez da guerra.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
Hoje, o meu intuito ao escrever, é principalmente para externar minha consciência sobre a tentativa da TV (leia-se Globo), em subestimar demasiadamente minha inteligência. Pois é isso que essa rede de televisão está fazendo quando submete o telespectador a alguns programas de tão ínfimo conteúdo. Detenhamos, por exemplo, no famigerado BBB (Big Brother Brasil). Cenas com 100% de futilidades, inversão de valores e degradação moral em horário nobre de programação. E ainda está sendo muito bem paga para isso, pois segundo contas feitas por José Neumani -Jovem Pan, a cada paredão a emissora embolsa, só com os telefonemas dos telespectadores, mais de 8 milhões de reais. E lá estão nossos heróis, segundo Bial, sofrendo horrores dentro daquela singela casa. Segundo ele mesmo prometeu aos telespectadores: “um zoológico humano divertido”. O que ganhamos, por exemplo, ao assistirmos cenas de bate-boca por intermináveis minutos, com direito inclusive a palavras de baixo calão? E o que dizer das cenas de nudismo patrocinadas por elementos de variadas tendências sexuais? Que serviço essa emissora está prestando a população com tal programa? É necessário ver isso para entender o comportamento humano? Se dermos uma olhadinha nas novelas então, fica patente a troca da regra pela exceção. A tal da Viver a Vida, por exemplo, é uma verdadeira apologia a infidelidade. Pelo raciocínio do novelista, fica a impressão de que a poligamia é natural, aceita sem espanto por todos. Daqui a pouco torna-se regra em nossa sociedade. Criticamos tanto a violência ao nosso redor, mas grande parte do que a mídia mostra em sua programação jornalística, noticiosa e mesmo humorística está eivada de cenas violentas. É um incentivo, um estímulo a conquista pela força. Isso tudo parece até que nos anestesia, frente aos horrores da violência e acabamos por achar natural, por exemplo, uma turba enfurecida de torcedores fazerem da cabeça de um adversário, a própria bola.
Essa videomania, na verdade embota nossas mentes e nos tira a oportunidade de pensar, nos rouba a chance da reflexão. Quando não nos tira também o espaço para um dialogo com a família.
Pessoas com capacidade intelectual e consciência crítica formada, naturalmente consegue filtrar esses impulsos. E ninguém lhes tira o direito de assistirem na televisão o que quiserem, mas mentes despreparadas, principalmente crianças e adolescentes, acabam tomando a mentira pela verdade, o errado pelo certo, o iníquo pela equidade. Assim sendo, somos obrigados a concordar com o Rui: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
Que Deus nos ilumine a todos, aos pais para exemplificarem-se a seus filhos, aos professores para abrirem as mentes de nossa juventude, às autoridades religiosas para conseguirem colocar cada vez mais verdades sólidas no coração das pessoas.
Que possamos, aos poucos, encontrar uma vacina contra esse terrível mal que ataca o raciocínio de nossa juventude, impedindo-os de diferir o bem do mal. Para que tenham forças para quererem o indispensável em detrimento do supérfluo, valorizar a solidez do amor e abandonar a insensatez do ódio, suprir-se de satisfação com o suficiente invés da ganância desenfreada, e principalmente lutar com todas as forças pela paz no universo, cavando profundas masmorras à estupidez da guerra.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
5 de janeiro de 2010
O Tempo é de Deus
Final de um ano, chamado de velho e princípio de outro, que gostamos de chamar de novo. Aliás, isso reflete bem a nossa cultura de desprezo ao que tem muita idade e acatamento imediato ao que acaba de chegar. Mas de qualquer forma, isso nos leva sempre a uma reflexão: balanços, mudanças, colheitas. Avaliamos o que fizemos de errado, prometemos mudanças e inexoravelmente colhemos os frutos de nossa atividade anual. Até me vem à lembrança um refrão bem caipira, dos matutos de nossa Minas Gerais: Quem pranta, cói. Essa é, na verdade, uma lei natural e implacável. Vale para os negócios, para o emprego, para o trabalho, para o amor, enfim para a vida. A sua colheita no final de um ano, de uma fase da vida, de uma temporada é sempre de acordo com o que você plantou. Infelizmente isso não se aprende nos livros, ou na escola. Aprende-se a viver, vivendo. É preciso ser sábio para não cair nas peças que nos prega a vida. Se não, aprende-se a viver quando já não se tem mais tempo para ela.
Basta-nos um olhar mais atento e deparamo-nos com inúmeras situações desta natureza. Orgulhosos que são desprezados, valentões que são humilhados, espertos que são desmascarados e criminosos que são condenados. É questão de tempo. Até porque é muito válida a máxima que diz: o nosso tempo não é o tempo de Deus.
A propósito, gostaria de aproveitar a oportunidade e em nome de meus leitores, cumprimentar a todos os leitores da coluna da ALAMI, desejando que façam um verdadeiro balanço desse ano que se finda e que 2010 seja de colheitas fartas, resultado de semeaduras corretas. Que você tenha Dois Mil e Dez motivos para ser feliz.
Quanto a mim, no apagar das luzes desse ano de 2009, quero agradecer muito e pedir pouco.
Na verdade,
Eu só peço a Deus que me dê forças.
E que toda a força do meu ser tenha origem na força maior de Seu Espírito.
Que minhas palavras tenham força para serem ouvidas como paz, e não como modelo.
Que minha postura tenha força para ser vista como humana, e não como divina.
Que meu exemplo tenha força para comover e nunca para remover.
Que meu trabalho tenha a força da transformação do bom no melhor.
Que o meu sorriso tenha sempre a força da transparência da sinceridade, e nunca o opaco da dissimulação.
Que meu olhar tenha a força do convencimento das verdades que acredito.
Que minha vida tenha sempre a força para impregnar o meu ser do que realmente necessito, e não do que simplesmente quero.
E que, finalmente, minha morte tenha a força para unir os corações daqueles que sempre amei.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
Basta-nos um olhar mais atento e deparamo-nos com inúmeras situações desta natureza. Orgulhosos que são desprezados, valentões que são humilhados, espertos que são desmascarados e criminosos que são condenados. É questão de tempo. Até porque é muito válida a máxima que diz: o nosso tempo não é o tempo de Deus.
A propósito, gostaria de aproveitar a oportunidade e em nome de meus leitores, cumprimentar a todos os leitores da coluna da ALAMI, desejando que façam um verdadeiro balanço desse ano que se finda e que 2010 seja de colheitas fartas, resultado de semeaduras corretas. Que você tenha Dois Mil e Dez motivos para ser feliz.
Quanto a mim, no apagar das luzes desse ano de 2009, quero agradecer muito e pedir pouco.
Na verdade,
Eu só peço a Deus que me dê forças.
E que toda a força do meu ser tenha origem na força maior de Seu Espírito.
Que minhas palavras tenham força para serem ouvidas como paz, e não como modelo.
Que minha postura tenha força para ser vista como humana, e não como divina.
Que meu exemplo tenha força para comover e nunca para remover.
Que meu trabalho tenha a força da transformação do bom no melhor.
Que o meu sorriso tenha sempre a força da transparência da sinceridade, e nunca o opaco da dissimulação.
Que meu olhar tenha a força do convencimento das verdades que acredito.
Que minha vida tenha sempre a força para impregnar o meu ser do que realmente necessito, e não do que simplesmente quero.
E que, finalmente, minha morte tenha a força para unir os corações daqueles que sempre amei.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
1 de dezembro de 2009
Saudosismo
O mundo hodierno está deveras conturbado, isso não é novidade para ninguém. Muita gente já vive momentos de saudosismo, relembrando tempos de quarenta ou cinqüenta anos atrás que era uma maravilha. Após o jantar podia sentar-se à calçada e bater papo com os vizinhos até o sono reclamar o recolhimento. Muitos deleites mais povoam nossa mente quando comparamos essa época com os dias atuais.
Bem, é verdade que há um mar de lama que nos apavora por demais hoje, desde a cruel violência até a maléfica corrupção, mas não podemos nos esquecer que com o progresso, com o desenvolvimento, também vieram soluções para inúmeros problemas sociais. Os avanços da medicina hoje salvam vidas e dão bem estar as pessoas de uma maneira bem mais rápida e eficiente. Embora seja verdade que a mesma tecnologia usada para o bem, em mãos maldosas tem a mesma eficácia. Mas à primeira vista o que nos parece é que a comunicação se tornou mais livre, eficiente e rápida. Com isso tomamos conhecimentos dos fatos em tempo real, não é preciso por exemplo, aguardar o Repórter Esso à noite, para sabermos de um assalto a um Banco em São Paulo ocorrido de manhã. Naqueles tempos também existiam as mazelas de hoje, apenas não tínhamos conhecimento. E se, em menor número, é porque a população também era menor. É curioso notar como em nossas cidades, mesmo as planejadas, o seu espaço útil tem se tornado insuficiente. Quem diria, por exemplo, há algum tempo atrás, que em nossa cidade iria ter um trânsito difícil, com problemas de estacionamento, etc. A verdade é que, com o aumento populacional, aumentam-se as necessidades, a prestação de serviços, o esclarecimento e as exigências. Com isso emerge-se um número cada vez maior de questões a serem resolvidas – problemas. Mas a ignorância sobre um problema não significa sua inexistência. Por outro lado, essa constatação não deve ser consolo nem placebo para os males que castigam tanto nossa sociedade. Entendo assim, que nos resta extrairmos, do nosso saudosismo, as lembranças saudáveis e exeqüíveis para nossos dias e colocá-las em prática para o bem de todos. As boas maneiras, por exemplo, não custam nada e fazem tanto bem. A palavra empenhada, a honradez, a honestidade. Essa última então, de tanto desuso tem sido alvo de cumprimentos efusivos, quando praticada. Basta alguém ter encontrado carteiras ou objetos de valor perdidos e procurado devolvê-los aos respectivos donos, para ser ovacionado e aplaudido como se isso não fosse só sua obrigação. Como se isso fosse um feito heróico e não o natural. A exceção e não a regra. São as chamadas mudanças de valores.
Volto a bater numa tecla que tem sido meu refrão – atenção ao processo educacional. Pois sabemos que é ali, na tenra idade, que as sementes dos valores são plantadas. Daí a preocupação com nossas escolas. O homem deve ter com a escola uma relação quase mística. Vê-la quase como um santuário. Um verdadeiro templo. Pois ali está a fonte de toda sua estrutura. A escola é o cadinho mágico que funde e dá forma a todo o potencial hereditário em cada indivíduo. É ela o triunfo do homem e é por ela que o homem triunfa. Hoje a família tem transferido o berço para a escola, em função das mudanças sociais que obrigam mães a buscarem o complemento do orçamento doméstico fora de casa. É uma exigência do mundo moderno, um problema, e não podemos ignorá-lo. Cabe-nos usar da tecnologia a nossa disposição, para tratá-lo.
Valores podem mudar, mas desconheço uma única pessoa que não goste de ser bem tratada, de receber um sorriso, um bom dia, uma bênção.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
Bem, é verdade que há um mar de lama que nos apavora por demais hoje, desde a cruel violência até a maléfica corrupção, mas não podemos nos esquecer que com o progresso, com o desenvolvimento, também vieram soluções para inúmeros problemas sociais. Os avanços da medicina hoje salvam vidas e dão bem estar as pessoas de uma maneira bem mais rápida e eficiente. Embora seja verdade que a mesma tecnologia usada para o bem, em mãos maldosas tem a mesma eficácia. Mas à primeira vista o que nos parece é que a comunicação se tornou mais livre, eficiente e rápida. Com isso tomamos conhecimentos dos fatos em tempo real, não é preciso por exemplo, aguardar o Repórter Esso à noite, para sabermos de um assalto a um Banco em São Paulo ocorrido de manhã. Naqueles tempos também existiam as mazelas de hoje, apenas não tínhamos conhecimento. E se, em menor número, é porque a população também era menor. É curioso notar como em nossas cidades, mesmo as planejadas, o seu espaço útil tem se tornado insuficiente. Quem diria, por exemplo, há algum tempo atrás, que em nossa cidade iria ter um trânsito difícil, com problemas de estacionamento, etc. A verdade é que, com o aumento populacional, aumentam-se as necessidades, a prestação de serviços, o esclarecimento e as exigências. Com isso emerge-se um número cada vez maior de questões a serem resolvidas – problemas. Mas a ignorância sobre um problema não significa sua inexistência. Por outro lado, essa constatação não deve ser consolo nem placebo para os males que castigam tanto nossa sociedade. Entendo assim, que nos resta extrairmos, do nosso saudosismo, as lembranças saudáveis e exeqüíveis para nossos dias e colocá-las em prática para o bem de todos. As boas maneiras, por exemplo, não custam nada e fazem tanto bem. A palavra empenhada, a honradez, a honestidade. Essa última então, de tanto desuso tem sido alvo de cumprimentos efusivos, quando praticada. Basta alguém ter encontrado carteiras ou objetos de valor perdidos e procurado devolvê-los aos respectivos donos, para ser ovacionado e aplaudido como se isso não fosse só sua obrigação. Como se isso fosse um feito heróico e não o natural. A exceção e não a regra. São as chamadas mudanças de valores.
Volto a bater numa tecla que tem sido meu refrão – atenção ao processo educacional. Pois sabemos que é ali, na tenra idade, que as sementes dos valores são plantadas. Daí a preocupação com nossas escolas. O homem deve ter com a escola uma relação quase mística. Vê-la quase como um santuário. Um verdadeiro templo. Pois ali está a fonte de toda sua estrutura. A escola é o cadinho mágico que funde e dá forma a todo o potencial hereditário em cada indivíduo. É ela o triunfo do homem e é por ela que o homem triunfa. Hoje a família tem transferido o berço para a escola, em função das mudanças sociais que obrigam mães a buscarem o complemento do orçamento doméstico fora de casa. É uma exigência do mundo moderno, um problema, e não podemos ignorá-lo. Cabe-nos usar da tecnologia a nossa disposição, para tratá-lo.
Valores podem mudar, mas desconheço uma única pessoa que não goste de ser bem tratada, de receber um sorriso, um bom dia, uma bênção.
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
16 de novembro de 2009
Valoração Humana
Quando refletimos sobre a pessoa humana, uma busca inquietante que percebemos é a procura pela felicidade. Por quê? Qual é a razão que leva o ser humano a buscar com tanta sofreguidão esse bem? E o que é na realidade essa tal felicidade? Tratados, livros, poemas, discussões infindas já se ocuparam desse tema e ainda há tanta desgraça no mundo. Por quê?
Bem, primeiramente entendemos que somos criaturas e como tais temos um criador, que também segundo nossa fé é Deus, eterno, onisciente e onipotente. Aceitamos também que Deus nos criou para sermos felizes. Esse foi e é o único objetivo do Criador. Assim sendo é tendência natural que a criatura busque seu criador. Estar em sua presença é para ela o máximo bem, a felicidade, o céu. Não é isso que observamos, por exemplo, entre o recém-nascido, a criança e sua mãe? Mas como chegar a tanto? Aí está a questão da valoração. Uma série de fatores, com preponderância para o meio ambiente, leva a pessoa a estabelecer uma escala de valores em sua vida, sempre perseguindo a felicidade.
Vejamos, podemos imaginar como exemplo, o seguinte esquema da valoração humana: numa visão ampla da vida, o que eu chamaria de “macrovisão” e obedecendo uma ordem socioestrutural, colocaríamos em primeiro lugar a saúde. É necessário que o indivíduo nasça bem, cresça saudável, perfeito. É claro, não é nossa intenção discutir as condições desse nascimento. Estamos trabalhando com tese. Em segundo lugar viria o trabalho. Toda pessoa precisa se sentir útil, produtiva, criadora, engajada no cosmos e na história. Por último a família, pois para constituir uma família a pessoa primeiro precisa ter como mantê-la. Além disso o homem é um ser essencialmente político. Ele precisa do seu semelhante para se relacionar, para se situar. Pois bem, nessa escala encontramos um ser humano livre, que é uma condição para a felicidade. E essa liberdade se manifesta em três dimensões: exteriorização – que seria a relação com o exterior, do agir aqui e agora; interiorização – que seria o relacionamento consigo mesmo, é entrar no âmago de sua personalidade, onde a revelação se dá apenas de si para si mesmo e a transcendência – que seria a busca de um ser supremo. É quando o homem se dá conta de sua finitude e carece de uma ajuda superior.
Nosso raciocínio, porém, não pára aqui. Ainda seguindo o mesmo esquema, numa visão menor, uma “microvisão” e agora obedecendo uma ordem psicoemocional, a nossa ordem de valores seria, em primeiro lugar o relacionamento conjugal, que em sendo bom, propicia ao ser humano a alegria de viver. Em segundo lugar a saúde, pois a alegria de viver é uma condição para se ter boa saúde. E por último o trabalho, o qual para ser eficiente, necessita uma infra-estrutura emocional proporcionada pela família e pela saúde, além de premiar o indivíduo com a satisfação pessoal de ser provedor do bem.
Isso posto, entendemos que se estabelecermos uma inter-relação coerente e dinâmica dessas duas visões é possível chegarmos ao sucesso social, que, no mundo capitalista e numa aceitação profana, teríamos a felicidade. Porém, entendendo que o homem não é só matéria, é fácil perceber que isso não bastaria. Então, carecemos de preencher também nosso espírito e aí entra a religião. Só através desse religare, dessa volta ao seu criador, é possível a essa criatura, encontrar a satisfação plena – a felicidade.
Voltando então ao início do nosso raciocínio, tentando explicitar as perguntas propostas, poderíamos dizer que: o homem busca a felicidade porque é uma tendência natural da criatura, felicidade essa que não é outra coisa senão a satisfação psicoespiritual do ser e, é claro, se essa busca for apenas para satisfações temporais, não satisfaz ao espírito, daí a angústia, o desprazer, a infelicidade.
Evidentemente que nosso raciocínio não se atrela aqui, a situação políticossocial, que seria objeto de outra linha de pensamento.
Finalizando podemos concluir que o ideal é conseguirmos um equilíbrio em nossos valores. Dar à carne o que é da carne e ao espírito o que do espírito sem extremismos, até porque a felicidade não existe por si só. Ela está em alguém. E cabe a cada um, através da sabedoria, descobri-la.
Resolver ser feliz só depende de você!
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
Bem, primeiramente entendemos que somos criaturas e como tais temos um criador, que também segundo nossa fé é Deus, eterno, onisciente e onipotente. Aceitamos também que Deus nos criou para sermos felizes. Esse foi e é o único objetivo do Criador. Assim sendo é tendência natural que a criatura busque seu criador. Estar em sua presença é para ela o máximo bem, a felicidade, o céu. Não é isso que observamos, por exemplo, entre o recém-nascido, a criança e sua mãe? Mas como chegar a tanto? Aí está a questão da valoração. Uma série de fatores, com preponderância para o meio ambiente, leva a pessoa a estabelecer uma escala de valores em sua vida, sempre perseguindo a felicidade.
Vejamos, podemos imaginar como exemplo, o seguinte esquema da valoração humana: numa visão ampla da vida, o que eu chamaria de “macrovisão” e obedecendo uma ordem socioestrutural, colocaríamos em primeiro lugar a saúde. É necessário que o indivíduo nasça bem, cresça saudável, perfeito. É claro, não é nossa intenção discutir as condições desse nascimento. Estamos trabalhando com tese. Em segundo lugar viria o trabalho. Toda pessoa precisa se sentir útil, produtiva, criadora, engajada no cosmos e na história. Por último a família, pois para constituir uma família a pessoa primeiro precisa ter como mantê-la. Além disso o homem é um ser essencialmente político. Ele precisa do seu semelhante para se relacionar, para se situar. Pois bem, nessa escala encontramos um ser humano livre, que é uma condição para a felicidade. E essa liberdade se manifesta em três dimensões: exteriorização – que seria a relação com o exterior, do agir aqui e agora; interiorização – que seria o relacionamento consigo mesmo, é entrar no âmago de sua personalidade, onde a revelação se dá apenas de si para si mesmo e a transcendência – que seria a busca de um ser supremo. É quando o homem se dá conta de sua finitude e carece de uma ajuda superior.
Nosso raciocínio, porém, não pára aqui. Ainda seguindo o mesmo esquema, numa visão menor, uma “microvisão” e agora obedecendo uma ordem psicoemocional, a nossa ordem de valores seria, em primeiro lugar o relacionamento conjugal, que em sendo bom, propicia ao ser humano a alegria de viver. Em segundo lugar a saúde, pois a alegria de viver é uma condição para se ter boa saúde. E por último o trabalho, o qual para ser eficiente, necessita uma infra-estrutura emocional proporcionada pela família e pela saúde, além de premiar o indivíduo com a satisfação pessoal de ser provedor do bem.
Isso posto, entendemos que se estabelecermos uma inter-relação coerente e dinâmica dessas duas visões é possível chegarmos ao sucesso social, que, no mundo capitalista e numa aceitação profana, teríamos a felicidade. Porém, entendendo que o homem não é só matéria, é fácil perceber que isso não bastaria. Então, carecemos de preencher também nosso espírito e aí entra a religião. Só através desse religare, dessa volta ao seu criador, é possível a essa criatura, encontrar a satisfação plena – a felicidade.
Voltando então ao início do nosso raciocínio, tentando explicitar as perguntas propostas, poderíamos dizer que: o homem busca a felicidade porque é uma tendência natural da criatura, felicidade essa que não é outra coisa senão a satisfação psicoespiritual do ser e, é claro, se essa busca for apenas para satisfações temporais, não satisfaz ao espírito, daí a angústia, o desprazer, a infelicidade.
Evidentemente que nosso raciocínio não se atrela aqui, a situação políticossocial, que seria objeto de outra linha de pensamento.
Finalizando podemos concluir que o ideal é conseguirmos um equilíbrio em nossos valores. Dar à carne o que é da carne e ao espírito o que do espírito sem extremismos, até porque a felicidade não existe por si só. Ela está em alguém. E cabe a cada um, através da sabedoria, descobri-la.
Resolver ser feliz só depende de você!
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
4 de novembro de 2009
A decantada democracia
Desde os idos tempos da antiguidade clássica, que romanos e gregos já reverenciavam essa forma de governo que se propõe ser a mais justa e adequada à convivência humana. Porém sabemos que sua história é repleta de incoerências e interpretações eiradas de conveniências.
Etimologicamente esse conceito nos sugere que o povo é quem governa. (Demo + cracia) governo do povo. Sugere também que, com ela, a vontade coletiva ou da maioria está sendo respeitada através da representatividade. Mas hoje, e especificamente no Brasil, são tantas as máscaras que colocam nessa forma de governo, que acabam travestindo-a em faces encantadoras, então aplaudidas pelos menos avisados, mas que na verdade esconde uma realidade cruel sustentando o governo de uma minoria. Onde está a vontade da maioria, por exemplo, quando vemos milhares de pés de laranja serem destruídos pura e simplesmente pela decisão de um grupo que nem identidade social tem? Portanto, juridicamente, nem existe? Essa ação vai despertar realmente a atenção das autoridades para o problema agrário? Por exemplo, a questão da monocultura? Todos sabemos que existem muitos erros em relação à reforma Agrária, mas algum deles justifica esse? Onde está a vontade da maioria, quando o Congresso Nacional, composto por nossos representantes legítimos, decide coisas sabidamente polêmicas e que na verdade vem de encontro a vontade popular? Exemplo A PEC 336/2009. Agora mesmo, precisamos acompanhar para ver no que dá, o projeto de iniciativa popular, avalizado por 1,3 milhão de assinaturas e batizado de “Ficha Limpa”, que impede a candidatura de pessoas com certas pendências judiciais. Muitos dos que vão votar esse projeto, são exatamente os “Fichas Sujas”. E aí? Quem está acostumado a legislar sempre em causa própria vai agora atender o clamor da massa?
Essa é a nossa democracia. A forma de governo que escolhemos e da qual poderíamos dizer: ruim com ela, pior sem ela. Mas é possível melhorá-la e fazê-la realmente representativa. Justamente com iniciativas como o Projeto de Lei encabeçado pelo (MCCE) Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral formado por 42 entidades. É tomando consciência da nossa força, como cidadão-eleitor, que podemos contribuir para a mudança. Claro que essa conscientização não cai do céu. É preciso buscá-la através da instrução, da leitura, da escola, da igreja, enfim da freqüência a ambientes sadios e da companhia de pessoas dignas.
Fora isso, só nos resta mesmo a constatação de Eça de Queiroz: “Os políticos e as fraldas devem ser mudados constantemente e pela mesma razão”
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
moreira@baciotti.com
Etimologicamente esse conceito nos sugere que o povo é quem governa. (Demo + cracia) governo do povo. Sugere também que, com ela, a vontade coletiva ou da maioria está sendo respeitada através da representatividade. Mas hoje, e especificamente no Brasil, são tantas as máscaras que colocam nessa forma de governo, que acabam travestindo-a em faces encantadoras, então aplaudidas pelos menos avisados, mas que na verdade esconde uma realidade cruel sustentando o governo de uma minoria. Onde está a vontade da maioria, por exemplo, quando vemos milhares de pés de laranja serem destruídos pura e simplesmente pela decisão de um grupo que nem identidade social tem? Portanto, juridicamente, nem existe? Essa ação vai despertar realmente a atenção das autoridades para o problema agrário? Por exemplo, a questão da monocultura? Todos sabemos que existem muitos erros em relação à reforma Agrária, mas algum deles justifica esse? Onde está a vontade da maioria, quando o Congresso Nacional, composto por nossos representantes legítimos, decide coisas sabidamente polêmicas e que na verdade vem de encontro a vontade popular? Exemplo A PEC 336/2009. Agora mesmo, precisamos acompanhar para ver no que dá, o projeto de iniciativa popular, avalizado por 1,3 milhão de assinaturas e batizado de “Ficha Limpa”, que impede a candidatura de pessoas com certas pendências judiciais. Muitos dos que vão votar esse projeto, são exatamente os “Fichas Sujas”. E aí? Quem está acostumado a legislar sempre em causa própria vai agora atender o clamor da massa?
Essa é a nossa democracia. A forma de governo que escolhemos e da qual poderíamos dizer: ruim com ela, pior sem ela. Mas é possível melhorá-la e fazê-la realmente representativa. Justamente com iniciativas como o Projeto de Lei encabeçado pelo (MCCE) Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral formado por 42 entidades. É tomando consciência da nossa força, como cidadão-eleitor, que podemos contribuir para a mudança. Claro que essa conscientização não cai do céu. É preciso buscá-la através da instrução, da leitura, da escola, da igreja, enfim da freqüência a ambientes sadios e da companhia de pessoas dignas.
Fora isso, só nos resta mesmo a constatação de Eça de Queiroz: “Os políticos e as fraldas devem ser mudados constantemente e pela mesma razão”
José Moreira Filho
Acadêmico da ALAMI
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