10 de março de 2010

Eu gostava do MS-DOS

Comecei a utilizar computadores em 1989 aproximadamente quando tive contato com os computadores MSX da Gradiente. Era interessante utilizar códigos Basic para desenvolver programinhas e joguinhos bem simples apenas fazê-los depois funcionar na tela da televisão ou em um antigo monitor. Era época de se usar CLoad e CSave para gravar os dados em fitas K7 através de um gravador ligado ao micro.



Já em 1990 comecei a fazer um curso de informática na Cedeminas Informática, que funcionava no terceiro andar do edifício Ituiutaba em Ituiutaba-MG. Fizemos 1 mês só de aulas teóricas pois os computadores ainda não tinham chegado de São Paulo.  Ainda me lembro da primeira vez que liguei o PC-XT e o vi contar de 0 a 640Kb de memória pelo monitor de fósforo verde de 12 polegadas. Não usávamos HD (winchester como era mais conhecido!) e tínhamos os drives A e B para poder trabalhar com o sistema.

Aliás o sistema operacional era o MS-DOS versão 3.3, o qual levava um tempinho para ligar e depois nos deixava ali de cara com um "A>" na tela piscando nos desafiando a conversar com ele. Pois é, os primeiros comandos, os curingas para tratamento de arquivos e os temidos comandos "internos" e "externos". Isso sem contar nos arquivos em lote, no config.sys e o edlin. Não, não se usava mouse. Não, não haviam ícones na tela. Não, eu não tinha um pendrive.

Para se usar outro programa qualquer a saída era trocar de disquetes (que eram de 5,25 polegadas) e executar o outro software. O editor de textos era o Fácil 5.0 que possuía proteção contra cópias exigindo um disquete original em cada máquina. A planilha eletrônica era o Lotus 1-2-3 que você executava digitando 123 no prompt de comando (Isso, prompt era o nome do "A>" na tela). Fazíamos planilhas incríveis somente no modo texto. Aliás as funções de planilha evoluíram bastante hoje, mas já naquela época utilizávamos funções equivalentes ao SOMA ou PROCV do Excel. E a divisão em linhas e colunas utilizada hoje também já existia ali.



Eu gostava do MS-DOS. É claro que pilhas e pilhas de disquetes (ordenadamente dispostos em uma "disqueteira") davam um pouco de trabalho quando precisávamos achar um programa específico mas também parte da diversão era justamente catalogar tudo, escrever nas etiquetas e tomar cuidado para não dobrar os discos.

Os primeiros passos nas linguagens de programação depois das parcas vezes que usei um MSX foram dados no gwbasic, dbase III Plus e por fim Clipper. Foi aí que me interessei por programação pra valer! O famoso "livro com a capa do navio" do Ramalho era meu companheiro para aprender os comandos do clipper versão Summer 87 nos quase 5 minutos de compilação e linkedição antes que o programa pudesse ser executado.



Adaptação e evolução. Era isso que fazíamos: nos adaptar. Criar discos na (pequena!) memória RAM do equipamento através do ramdrive.sys e ali armazenar o command.com para não ter que voltar o disco de sistema quando se saia de qualquer programa. Utilizar o SideKick para tentar burlar a característica mono-tarefa (Era Ctrl+Alt para ativar não era?)

Eram bons tempos. Já imaginou se hoje você fosse capaz de executar um único programa de cada vez em seu computador? A trivial multitarefa que te permite mudar tudo com um Alt+Tab de hoje ainda não existia. E me responda, você hoje teria um computador em casa se não houvesse internet? Não havia Internet e mesmo assim passávamos horas e horas estudando, testando programas da caixa de disquetes que pegamos emprestado e... jogando!

(nem no google images achei foto do Prince monocromático)

Prince of Persia era o jogo do momento. Movimentos reais, gráficos de última geração, música através do alto-falante do micro e MUITA diversão.

E sabe porque valeu a pena ter passado por tudo isso? Acho que alicerces para tudo que temos hoje nessa área.
Hoje a maior parte dos profissionais de informática com quem converso começaram a utilizar computadores com mouse e monitor colorido. Excelentes profissionais sem dúvida mas não viveram isso... humm deixa isso pra lá. Tô ficando velho.

50 comentários:

  1. Creio que gostará de trocar idéias com um grande amigo meu. É só acessar! Abraço!
    http://danpaulino.wordpress.com/

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  2. Olá. Nossa, somos da mesma época então. Eu comecei acho que em 91, com um XT, e 2 drivers. DOS 3.3, Facil 7.0, Lotus, DBASEIIIPlus, Clipper, etc.

    Saudades...

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  3. Tchê... Não sou da época do MS-Dos que rodada em disquete ainda, mas treinei nas últimas turmas de IPD + MS-DOS 6.22.
    Vejo hoje, que esta base, me ajudou mundo no mundo opensource, a trabalhar e entender programação em pascal/c/c++/...
    Bons tempos...
    Ótimo artigo.

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  4. parabéns pelo artigo, eu não vivi isso e trabalho com informática, eu começei pelo windows 98, mais não sou tão novo assim, tenho 25 anos trabalho com informática faz uns 3 anos.. hehe
    abraço;

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  5. Wollf 3d era um luxo so

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  6. Rapaz, que bacana hein ! Eu fiz um curso de informática em Ituiutaba também há muito tempo atrás, era na faculdade ( eu fazia científico e creio que isso foi em 1982 ), vivia fuçando naquela revista Byte, ficava maravilhado ao ver os anúncios do TRS-80 da Radioshack, achava o máximo coisas como "Build Your Own Z-80 Microcomputer" ( Osborne / Ciarcia )...

    Hoje, eu sou um entusiasta do Linux, mas com certeza essa nostalgia ainda me encanta, e não é questão de estar ficando "velho" não !

    Nós tivemos o privilégio de viver uma época em que a reserva de mercado foi quebrada e aí apareceram os TK 82C da Microdigital, porque antes a gente só via propaganda de computador grande, mainframe, da COBRA, da SISCO, etc... nas revistas Veja que circulavam pelos idos de 1978.

    Tenho muito orgulho de ter vivido isso e ver que hoje toda essa evolução se deu graças a busca incessante pelas ferramentas que há um tempo atrás eram coisa de ficção científica.

    Grande abraço !

    Marco Sanches
    Ituiutaba - MG

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  7. Pois é, saudosos estes tempos, acredito que jamais voltarão. O fato que me deixa curioso é o seguinte: --Desenvolvedores nascidos e criados na fartura de recursos computacionais que temos agora, realmente entendem o que se passa "under the hood" e sabem aproveitar racionalmente estes recursos. Ou simplesmente não estão nem aí pra as camadas ocultas do sistema?

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  8. Adorei o artigo!
    Pode até parecer saudosismo, mas é difícil encontrar bons profissionais hoje que entendam como funciona a rotina da maioria dos programas que rodam nas máquinas.
    Na época do MS-DOS, éramos praticamente obrigados a pensaar como a máquina deveria realizar as tarefas a serem programadas.
    Realmente, dá saudades do tempo em que planejávamos o que o computador deveria executar, e como deveria executar, prevendo inclusive quais os recursos que seriam utilizados.
    Mas, graças ao MS-DOS, o computador se tornou realmente mais pessoal, e popularizou o acesso ao seu uso, bem ou mal!
    Mas não concordo com o seu artigo, quando diz que que está ficando velho!
    Amigo, nessa área, ficamos mais experientes, nunca "velhos"!
    Felizes somos nós que vivemos a felicidade, a alegria e o prazer de acompanhar a evolução da informática no Brasil e no mundo, e ainda continuarmos aprendendo a cada momento!
    Nesse caso, sinto-me como um menino que ganha um novo brinquedo a cada novo produto, recurso ou programa que venha facilitar nossas vidas!
    Parabéns pelo excelente artigo!
    Um forte abraço!

    Prof. Rooney dos Santos Souza
    MSN: byrooney@gmail.com

    Corumbá - Mato Grosso do Sul
    http://corumbams.ning.com

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  9. Eu também gostava do DOS, na verdade ainda gosto, pra mim foi muito nostálgico ler o artigo, pois quando comecei no ramo era exatamente como o amigo cita.
    Quem utiliza os computadores hoje não fazem idéia de como era digitar uma linha de comandos kilométrica para poder rodar programas e executar tarefas.
    Gostei muito do artigo, ao mesmo tempo que senti saudades, também matei saudades. E o prince of persa, que eu não conseguia passar do terceiro estágio.
    Tempos bons... acho que também estou ficando velho... rsrsrsrsr!

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  10. "Fácil 5.0" eu nã oconheci... usava Wordstar, e o professor tinha vergonha de ensinar comando ^KH.

    o que gostava mesmo no curso era o "banner" e o Printmaster

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  11. Cara, tu podes rodar o prince em CGA utilizando o DOSBOX. Ele emula várias configurações do tempo do guaraná-de-rolha (nosso tempo) :)

    []
    André

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  12. Cinco minutos pra compilar e linkeditar um programa Clipper? Poxa cara, PLINK86 era muito ruim, bom mesmo era o Turbo Link! Segundos depois de rodar o TLINK, o .EXE tava pronto...

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  13. Oi pessoal,

    Obrigado pelos comentários feitos ao artigo! Vou tentar respondê-los!

    Andrea, vou visitar o site do Dan Paulino. Obrigado!

    TuxLinuxBR, 6.22 salvo engano foi o último MS-DOS. Fácil eu aprendi com o 5.0 mas mexi bastante depois com o 6.0 ainda!

    Marco Sanches, você é de Ituiutaba então? Legal!! Também sou entusiasta do Linux a vários anos!! Meu primeirvo livro de programação foi um de Basic para o tk85. Nunca mexi com TK85 (Só com o TK2000 - era esse o nome??) mas foi onde aprendi a base!!

    Vits, mas é isso mesmo. Os alicerces são fundamentais.

    Rooney, muito obrigado pelo seu comentário. Hoje ninguém se preocupa com espaço ou memória, diferente de quando programávamos em clipper pensando nisso!!

    Lucas, eu consegui "zerar" Prince!!! heheheheheeh E a fase do "ratinho" que ajuda o prince (Era a oitava??) Gostava MUITO também do Digger!! Jogo até hoje....

    Carlos Adriano, dei aula de wordstar!! Adorava fazer piadinha com esse atalho. ^KB, ^KK (início e fim de bloco) e depois ^KV para mover ou ^KC para copiar!. Ahhh, configurei aqui no meu GEDIT o ^Y para apagar linhas!!!

    Júlio, cheguei a criar um batch para compilar e linkeditar. Usava um comandinho do Norton Utilities chamado BE (Batch Enhancer) que dava um Powerup nos arquivos em lote. No meu caso ele apitava quando finalizava e marcava o tempo heheheeh

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  14. Cara,

    Que boa lembrança !!!
    A cada nome de aplicativo e a cada tela, sentia meu coração pela boca.

    Costumo dizer para meu colegas mais novos que naquela época formavam-se profissionais de tecnologia, pois como você mesmo disse: "a única interação que tínhamos com estes equipamentos 8086 era um prompt A:>"

    Hoje através de cliques, cliques e cliques só formam-se meros operadores.

    Aqueles que vieram da nostalgia, são como gafanhotos, mudam-se, mudam-se, mais a formação de base nos faz compreender toda e qualquer evolução.

    Parabéns pela matéria !!!
    Parabéns aos que ainda sobrevivem do que chamamos de tecnologia.

    morais.weber@gmail.com
    Consultor Linux/Solaris
    ITIL-F, LPI II, RHCE, CLA, CLDS

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  15. Muito legal, eu tinha um MSX tb. um Expert 1.1.

    Com cartuchos de video game...

    E um gravador K7 que comprei de um colega que tinha Hotbit..

    Quando ao livro do Ramalho, eu cheguei a decorar em que página tava cada comando do Clipper... (confesso que eu era meio doido)...

    Bons tempos..


    Janio

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  16. QUE MARAVILHA!

    Rapaz, pareceu-me estar lendo minha própria história!

    Somente duas pequenas diferenças entre a sua "trajetória" e a minha: comecei com um CP-500 num cursinho da Datapro e, na época do XT, eu utilizava ora o Wordstar, ora o Word 2 for DOS. O restante, praticamente igual.

    Aliás até hoje ainda tenho meus disquetes muito bem guardados...

    Um grande abraço!

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  17. Comecei usando CP-300 & 500 (TRS-80) da Prológica. Em 1985, meu pai comprou um CP-400. Meus amigos usavam o TK-2000 (clone imperfeito do Apple II) e os mais abastados usando Dismac-D8100.
    No CP-400 era na fita cassete mesmo. Em 1987, com o meu 1º 13o salário comprei um MSX da Gradiente... E tome fita cassete ! Só em 1990 pude adquirir drives de disquetes e foi um festão!
    Em 1991 usava um 286, com Redator e Supercalc.
    Linguagem de programação: Dbase-III e Dbase-IV. Depois, virei clipeiro.
    Desde 1997 programamo em VBA ... o resto, é história.
    Em casa: Uso Linux (Ubuntu) e pretendo aprender Python pra usar com o Kexi e PostgreSQL.
    Um abraço!

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  18. Pois é, bons e heróicos tempos... comprei meu computador lá por 1991, um modernissimo 386, já com monitor vga, o top de linha, impressora Epson LX810.Busquei em duas aventurosas viagens ao Paraguai,usei DOS 3.3, 4.01 em portugues(rarissimo) e todas as versões seguintes do Ms-Dos e Windows. A diferença destes tempos com os de hoje é a internet, sem ela provalvelmente 90% dos usuarios não teria computador em casa e a velha máquina de escrever ainda estaria viva.

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  19. Viajei legal! A tua história é a mesma minha e de muitos outros, parabéns pelo artigo. Também programei muito em Clipper, e além do Ramalho, eu tinha o "Dominando o DOS" do Judd Martins, era bom aquele tempo ...
    Jolf Lopes

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  20. Bom dia a todos,

    Bem não comecei com um TK ou algo mais antigo; mais trabalhei com discos A/B com dos 6.22 e com os primeiros Windows 3.1 e 3.11.

    Os DX-2 66 com 1MB de memória da IBM era uma revolução e com 16K de chace, depois os discos de 10MB meu primeiro fdisk. rsrs

    Programar em DBase, Clipper5.0 e Clipper5.3 com sidekick nossa que época. Tenho um amigo que desde então programa e um dos melhores desenvolvedor que conheço. Eu já não mecho tanto com desenvolvimento ate por que minha are e infro, depois de alguns anos peguei o conectiva 4.0 ai sim minha vida mudou.

    Mas meu TCC vai ser sobre virtualizacao e logicamente vai ter dos 6.22 rodando, vai ter 3.11 e vai ter unix plan versão da década de 80.

    Abraço a todos, isso e muito interessante, viver um pouco do passado meio que uma época que pen drive supera 256GB. Abraços a todos.


    Analista UNIX/Linux
    VMware/XenServer

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  21. Show de artigo. Comecei em 1983. Tinha 11 anos. Passei por:

    - TK 82C com 2 KB;
    - TK 85 com 48 KB, expansão de som e redefinidor de caracteres;
    - TK 90X
    - Expert MSX
    - Finalmente PC.

    Muitas revistas Micro Sistemas. Escrevi 3 artigos para eles. Saudades daquela época.

    []s

    Eriberto

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  22. Olá Tiago,

    Que texto fantástico! Retrata muito bem as "dificuldades" que passávamos quando da execução de um programa, ou mesmo na hora de fazer um programa.

    Sou da época do DOS 6.22, eu primeiro PC foi um 486 DX-2. Não usei tela de fósforo verde, mas usei muito o DOS (porque gostava mesmo de futucar os programas e tentar aprender algo) e o Windows 3.11. Sem dúvida uma experiência que nos levou a ver de uma forma diferente a computação de hoje em dia.

    Ter um computador sem internet? Bem, é claro que sim, até porque não é todo muito que trabalha utilizando a internet. Mas, sem dúvida seria muito menos interessante.

    Grande abraço.

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  23. E quem se lembra da versão nacional do DOS que tinha nos XTs COBRA, o Cisne. Comecei com ele em 92.
    E ainda me lembro das horas intermináveis editando e testando config.sys e autoexec.bat específicos para diversos programas e jogos, tudo para liberar mais memória baixa.

    Grande abraço,
    Ricardo.

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  24. Parabéns pelo artigo, e vale lembrar algumas coisas interessantes da época

    - Usar e configurar a memória com o MEMMAKER para que jogos rodassem com a famosa memória extendida!
    - Reiniciar o computador no CTRL+ALT+DEL e fazer um boot frio com os drivers de som na memória para que ele não "comesse" memória extendida.
    - Prince of Persia é a raiz mesmo, como um colega lembrou, wolfstein e Doom estouraram a boca do balão também.
    - Passar o DEFRAG e ficar olhando os quadradinhos irem para lá e para cá.

    Nostalgia total!

    Um grande abraço
    Rodrigo - Curitiba

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  25. Nossa, relembrei minha infância com MSX e DOS!

    CLoad CAS, BLoad (pos binários) ... Run, Exec, Gosub, Goto ... Print ... putz!

    Mt bom lembrar disso (so lembrar pq usar, no way), ehehehe

    Abraços
    ROV

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  26. é bons tempos esses viu.
    passava horas e hroas jogando prince of percia.
    programando em basic. Velho basic, onde montar uma tela pixel a pixel. E o DGT-1000, atrelado a um gravador fita k7 pra jogar os joguinhos de naves. Os lendarios Fosforos verdes.
    E o cobol, com suas identifications divisions, enviroments divisions, input-output section e etc e tal. Ahhhhh que saudosismo!!!!!

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  27. Cara me vi num tunel do tempo com tudo que você escreveu. Comecei a usar informatica com um TKII 3000. Lembro de digitar uma centena de comandos de programação e quando mandava executar aparecia um ponto correndo de um lado a outro da tela...(por exemplo) e a gente adorava fazer isso.

    Quando migrei para a linha PC com padrão IBM
    eu também gostava do MS-DOS e um reflexo disso é que hoje o que mais uso é Linux por causa do console e prefiro Slackware por poder usar mais ainda a interface de texto.

    Devo ter o Prince of Persia gravado nos disquetes que guardei de recordação. Alias devo ter alguns super disquetes com dupla densidade..rsrs.

    Valeu pelo post.!!

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  28. Parabéns pelo artigo !!

    Realmente me faz lembrar como era bom ficar ali na frente da televisão, exibindo 2 ou 4, 8 ou 16 cores conforme o SCREEN que eu usava no BASIC.. do bom e velho MSX Expert da Gradiente. Que saudade......

    Ouvir aquele som que ecoava do Cassete Recorder quando carregava um dos meus programinhas criados depois de horas e horas na frente do computador pressionando a tecla F5 para ver o resultado depois de ter chegado na linha numero 1000 (de 10 em 10) do programa.

    E quando o disco 5,25 dava pau !! Lembro do grandioso PC-TOOLS analisando e consertando trilhas e cluster com defeito !!! Até hoje nao vi uma ferramenta que realmente fazia aquilo que propunha a fazer....

    E esse só foi o começo... Em meio aos MSX 2, 2+, 2 Turbo, surgia os XT 8088, 286, 386, programando em Gwbasic, Clipper 5.2, Turbo Pascal e por ai vai.......

    Agradeço muito ter me envolvido com informática em uma época que para poder extrair algum benefício, tinha que realmente estudar e criar !!

    É isso que me dá base hoje para continuar a crescer neste mundo de evolução e desafios tecnologicos.....

    Obrigado pela nostagia....

    Abraços

    Hely G Pasqual
    Franca/SP

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  29. Que cheiro de naftalina hein!!!

    Brincadeiras a parte, também sou das antigas.
    Tenho 31 anos hoje, mas fiz meu primeiro curso de informática com 11 anos (1990) aqui em Londrina-PR numa escola na rua Espírito Santo chamada Solution Informática (o contrato foi impresso numa RimaTX 180 - KKKKK).
    Também foi com o MS-DOS na sua versão 3.3 que comecei a engatinhar.
    O Pacote era assim:
    - MS-DOS
    - dBase III Plus
    - Samba (em substituição ao Lotus - era uma versão e pt_BR)
    - WordStar 5.x e
    - Paint Brush
    Foi muito bom.
    Uma cpu 8086 (XT zão como chamávamos), com 4MB de ram (SIMM) um super HD de 40MB (RLL/MFF), duas unidades de 5"1/4 de 360/1.2MB, onde um drive dava o boot (algo em torno de uns 3 minutos), e o outro para os aplicativos.
    Tínhamos que usar a famosa camisinha(aquela etiquetinha preta pra não "pegar-mos" o tão famigerado ping-pong dentre outros virus).
    Tecladão com base de metal (super pesadão) - mouse? só quando usávamos o dosshell (uma interface "gráfica" em ASCII), ou quando jogávamos Donkey Kong (que saudade :-)).
    Placa de vídeo de 32KB ISA VGA com aqueles monitores "lindos" de fósforo verde ou laranja.
    Hoje reclamamos da falta de algum recurso nos suítes de escritórios novos (BrOffice.org/MSOffice), pena que a maioria não conheceu os famosos CTRLs do Wordstar (pedreira). Depois de um tempo acabamos nos deleitando com o carta certa (lembram?).
    Eu sonhava (até esses tempos atrás tinha um recorte de revista com a propaganda dele) com CCE com monitor colorido (show de bola na época - custava o equivalente a um fusca com 3 anos de uso - é mole).
    Fazia menus em basic para gerenciar meus inúmeros jogos, que saudade...

    Quando dava aula de informática em 1996, lembro-me que ainda havia o IPD na grade (Introdução ao Processamento de Dados), e eu ensinava unidades de grandeza (mili, micro nano pico, deca, kilo, mega, giga, tera).

    O GNU/Linux em 1998 foi uma nova grande descoberta para mim, acho que é devido ao DOS que me apaixonei por ele.

    Pessoal, um grande abraço.

    Frederico F. Siena
    kardeco@yahoo.com

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  30. Nossa deu saudades!
    Meu primeiro pc foi um 286 com 1mb de ram e um hd de 20 mb e um monitor cga verde q tenho até hoje! hehe, o único jogo q funcionava nele era o prince of percia o legal era quando dava o comando megahit q ativava poderes estras hehehe
    Tinha o wordstar e dos 6.22 eita maquinão hein!
    abraços a todos!
    Sigmar Pimenta

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  31. Muito legal o artigo, me fez lembrar do início de uma coisa que a princípio era brincadeira, mas com o tempo virou um prazer, que é a área de tecnologia. Fiquei feliz com esta narração, por um momento voltei aquela época maravilhosa!
    valeu, abraço!

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  32. Ih, rapaz!!!! Viu quanto "saudosista" tem por este mundão afora????
    Hehehe.
    Olha, eu hoje não estou no Brasil (fazem 10 anos vivo em Encarnación, Paraguai), mas comecei aí, um poouco antes desta época.
    Comecei com o TK85 e o Apple. O SO do II+ era AppleDOS, e usávamos visicalc (o predecessor do 123).
    Meu primeiro Apple tinha 48K de RAM (o TK tinha só 16), mas conseguiamos fazer maravilhas com esta coisa. Meu Deus, que viagem no tempo...
    E conste que com um MHz e sem HD, processamos eleições e tudo :) Como conseguíamos? Exercicios de criatividade, rotinas em assembly, compressões, loucuras de todo o tipo para poder burlar a limitada capacidade da maquina.
    Hoje ninguem mais se preocupa com o tamanho do executável (que diferença faz) nem com a velocidade de execução (salvo casos pontuais).
    Depois, quando vieram os PCs, céus!!!! Que avanço. E os HDs?
    É cara, bando de de saudosistas (me incluo).
    Os novos estão aí, e realmente são muito bons. Mas dou um valor muito especial a estes "velhos" que trabalhavam escovando bits.
    Para meus alunos de Universidade, sempre digo que busquem conhecer bem a história, e entendam o que se fazia, e como se fazia. Porque alguns dos malabarismos de antes ajudam muito com as tecnologias atuais.
    Um super abraço a "novos-turbo" e "velhos-reloaded".
    Sérgio A. Pohlmann

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  33. Que coincidencia incrivel sexta feira santa 02/04 estava mostrando para meus filhos onde tudo começou para o pai deles liguei meu heroico TK85 o gravador e a TV/monitor preto e branco qual foi a surpresa a letra "K" apareceu no canto esquerdo e ainda carreguei o TKMAN versão primitiva do pacman a fita era da MICROSOFT tudo funcionando, meus filhos não podiam acreditar foi uma viagem no tempo e ainda mostrei as revistas Micro Sistemas tenho todas na capa orginal.

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  34. PUTZ !!!!!!!!!!!!!!!
    CARA ESSA HISTÓTRIA PARECE MUITO COM A MINHA, MAS EU COMECEI NO SENAC EM MADUREIRA E COM UM TK300, SE ME RECORDO O RESTO TODO É IDENTICO... ADORAVA ESCREVER NAS ETIQUETAS DE DISQUETES TOMANDO CUIDADO PRA NÃO ERRAR POIS ERA DIFÍCIL ATÉ DE DESCOLAR AS ETIQUETAS DOS DISQUETES.
    ***
    POR ISSO, HOJE, PREFIRO LINUX - POIS SEI O QUE É COMPUTADOR DE VERDADE, QUANDO EU ESCOLHIA O QUE FAZER E COMO FAZER.
    ***

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  35. Este último comentário do colega anônimo (On 5 de abril de 2010 10:33 Anônimo disse... ) falando do visicalc, fez-me lembrar da série apresentada pela bbc "pirates of silicon valey".

    Muito bom

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  36. Bom dia!
    Feliz Pascoa!

    Não sou tão velho assim (hec)...
    mas comecei um pouco antes dos DOS...
    Dos... Dbsee... Clipper... os caminhos foram
    parecidos...

    Abraços

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  37. É claro que a nova geração não sabe o que é isso... muito menos se interessa com o que acontece "under the hood" como disse nosso amigo.
    Eu com apenas 20 anos de idade sou desta geração mais nova, e sabem o que vejo? Adolescentes interessados em jogar jogos cada vez mais reais e ter popularidade no orkut! Eu bem sei o que acontece por traz da GUI, e sinceramente quanto mais uso o windows mais quero o ms-dos de volta. Sim eu sou fã de DOS acreditem...
    Viro noites criando programas para MS-DOS, e quer saber, acho que virei entusiasta do assunto...

    Fernando Emmert
    Sapiranga, RS, Brasil.

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  38. Ainda tenho e uso um AT-286 com DOS 6.0 !
    O bichinho nunca deu defeito e é onde uso meu programa de contabilidade!
    Inacreditável, não?

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  39. "Mas é voce que ama o passado e que não vê ...
    Mas é voce que ama o passado e que não vê, que o novo sempre vem ... "

    Trecho da música: "Como nossos pais"

    Tamo velho cara, lembro-me do neu Exato Pro em 1984.

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  40. Parabéns pelo texto e pelos comentários, deu saudades lembrar dessa época, onde tinhamos que decidir byte a byte o que seria feito no computador. Ainda hoje uso o DOS para trocar a extensão nos nomes dos arquivos (quando são muitos arquivos) ou procurar um arquivo no disco sem precisar ver o cachorrinho da ms fazendo arte. No entanto, é graças a toda essa evolução que podemos trocar idéias em blogs como esses.
    Um abraço a todos.

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  41. sarnosilvio@gmail.com15 de abril de 2010 às 17:54

    > Felicitações pelo artigo,
    > A sua narração nos envia aos tempos do Expert / Gradiente e do HotBit / Sharp, processador Z80 da Intel e o Basic, Cobol e Fortran.
    > Tudo isso enriquece nossa trajetória de vida.
    > Abraços...

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  42. Alem de gostar, eu uso, trabalho com duas máquinas de 27MW cada, comprimindo 3.000.000 m3/dia de gás natural, controladas com interface DOS e controle UNIX; outros na mesma função usam o NT nas interfaces e até agora, passados mais de treze anos ainda não tive tela azul ( He He He! ). Outro dia tive que ajudar um colega com outro equipamento controlado por DOS que, por desconhecimento do DOS pela equipe responsável, estavam parados faziam alguns dias, eles não sabiam inicializar e criar partição em um disco com os comandos do DOS, tive que indicar o site BOOTDISK para eles conseguirem os aplicativos do DOS e os porcedimentos possibilitando ressuscitar o HD e colocar os equipamentos em operação. Vemos que industrialmente o DOS ainda esta bem vivo !

    {}s GABRIEL De LUCA.
    gabriel@deluca.eng.br

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  43. grande materia...
    e estou com um probleminha...
    vc q usava pcs dessa epoca pode me ajudar sem duvida.

    Queria saber como somar horas minutos e segundos no DOS. mais precisamente no MSX =D

    exemplo...
    1h59min01seg
    +1h57min29seg
    -------------
    3hs56min30seg

    como pasar isso pra linguagem que o MSX compreenda.

    Desde ja agradeço.

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  44. respondendo comantario do Frederico, acima (On 4 de abril de 2010 18:04 Frederico disse..) se tivesse dito isso 3 dias antes, eu nao diria nada...rsrs mas, como foi em 4 de abril... vc disse que tinha um xt 8086 com 4mb ?? que estranho, pelo que lembro, um xt so tinha ate uns 700kb de ram. depois veio o 80286 com 2mb e so depois, veio o 80386 com 4mb ( tinha variacoes, tipo 80386 slx com 2mb. eu lembro pq em 94 eu peguei um 386dx2 de 40mhz com 4mb ). Logo, o que vc falou de um xt com a mesma memoria que so anos mais tarde seria disponivel à um 386 achei bem 'inusitado' :)

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  45. Puxa amigo, me fez voltar no tempo... Trabalhei com Print Master, carta certa, DBase II, III e IV, Lotus 123 com Add Ons, Dos 5.0, Windows 2.0, 3.1 e 3.11. Que tempo bom. A "Super máquina" que eu rodava era um microtek 286, com 16 mhz e ram de 4mb. mas não travava. Completando o pacote, uma emilia pc, que quando imprimia, parecia derrubar a divisória da sala. Saudades...

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  46. Cara, que saudades... um velho Mikrotec 80286, com 16 mhz, 4 mb ram, MS-DOS 5.0, carta Certa, Lotus 123, dBase III, Print Master, Windows 2.0 e, a cereja do sorvete, uma Emilia PC, que parecia derrubar as paredes quando a cabeça de impressão se deslocava...
    Nunca travei este micro e seu HD de, se não me engano, 10 Mb! Tempo bom...

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  47. Fala Tiago, tudo blz ?
    Aqui é o Júlio César ...
    Abração cara ...

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  48. Cara, saudades daquele tempo. Minha lembrança dessa época começa quando meu pai comprou um TK85, em 1983. No início, achei interessante, pois podia fazer meus próprios programas, diferente do ATARI. No manual do TK ensinava como se programar em BASIC. Tinha instrução por instrução (PRINT, INPUT, LET, IF,...). Um dia, fomos numa loja (acho que Computerland na praia de Botafogo) e vi que havia jogos pro TK em K7. Eram longos 40 minutos até carregar (LOAD) a fita e torcer pra o volume estar correto e não parar no meio. Quando rodei o programa (RUN), vi que era bem mais rápido do que os que eu fazia em BASIC. Em alguns desses programas era possível parar a execução e listar as intruções (LIST). Foi numa dessas que descobri uma linguagem toda complicada. A primeira linha do programa (REM) que em BASIC era um inofensivo dummy, nesta nova linguagem, mostrava centenas de caracteres aparentemente sem lógica. Era a tal da "linguagem de máquina". Para tentar aprendê-la foi outro parto. Não havia livros com boa didática sobre o assunto. Foi quando um amigo que tinha um Commodore VIC 20 me disse que o manual do Commodore ensinava uma tal de Assembler que era uma espécie de linguagem de máquina facilitada. Quando comecei a aprender algo, ganhei um Unitron Ap-II. Sinceramente, perdeu a graça programar. Os jogos (Aztec era o melhor!) já eram sofisticados demais pra um programador amador se aventurar...Abçs

    Flavio

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  49. Excelente post. Trabelhei com XT-PC da Microtec e XTPAQ da IBM (verdadeira armadilha quando precisava fazer manutenção), MS-DOS 3.3 (até o 6.22), Wax, Unix, Linux, Windows 3.1 e tantas versões, rede Lantastic e Novell, Lotus 123, Basic, Dataflex 2.3b, modem USRobotics 9.6 bounts e ainda enfrentavamos o perigoso vírus ping-pong.

    Saudosismo não. Experiência de vida , do qual, nós participamos e ajudamos (cada um de sua forma) a aprimorar e evoluir para o que temos hoje.

    Eu saúdo a todos deste blog e agradeço ao seu criador, por permitir compartilhar "velhas" e boas experiências com os que viveram.

    Vida Longa e Prospera a Todos.

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